Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Sweet Nothing

Sweet Nothing

Dom | 20.02.11

Dreams of Love - Capítulo XVIII - Ruben ou Fábio?

Olá, consegui despachar a geografia durante um pequeno bocadinho e resolvi vir acabar o capítulo. Espero que esteja do vosso agrado e como tal quero pedir a todos os fantasminhas que lêm que deixem a vossa opinião, pois ando um bocadinho desanimada com a fan fic. Beijinhos

 

(…)

Já tínhamos escolhido o nosso jantar e estávamos só à espera que o empregado nos trouxesse as nossas escolhas. A conversa com ele era fácil de manter, muito fácil. De uns assuntos passávamos rapidamente a outros e partilhávamos muitos gostos em comum.

- Fale-me de você…
- De mim?! A minha vida não é lá grande coisa para ser contada…
- Então, esqueça as partes más e me conte apenas as partes onde cê sorriu.
- Então … Como sabes, tenho o melhor primo do mundo que arranjou uma prima muito simpática; vivi no Porto durante toda a minha infância e parte da adolescência…

- Sempre foi do Benfica? – perguntou tentando provocar-me.

- Claro, nunca simpatizei com o FCP, acho que brincam demasiado com as pessoas e fazem muitas coisas de forma “escura”.
- É sempre bom quando não mantemos os nossos ideais e não nos deixamos levar pelas outras pessoas ou pelos gostos dos outros.

- Agora é a tua vez …
- Minha vez?

- Claro, eu não conheço muito de ti. Simplesmente, sei que o David Luiz é um óptimo jogador do futebol português, joga numa grande equipa… mas não sei nada sobre o “David” que o Ruben tanto fala. – Afirmei soltando um sorriso.

Vi um sorriso enorme surgir no rosto de David.

- Então cê não ouviu grande coisa de mim…
- Podes não acreditar, mas mais elogios que defeitos.

- Ah, eu sei porque isso aconteceu.
- Sabes?!

- Claro, eu paguei ao manz para lhe dizer bem d’i mim. – mordi o lábio e sorri.
- Então andaram-me a enganar os dois?! Não me parece justo… vou ter de reprender o menino Ruben Amorim vou. Mas, vá… conta.

- Já que insiste. Nasci em Diadema, uma cidade de São Paulo. Cê alguma vez visitou o Brasil? – abanei a cabeça negativamente. – Um dia levo você e o manz lá … Aos catorze anos saí de casa para seguir o meu sonho e fui para a academia do Vitória da Bahía.

- Foi difícil abandonares a tua família, não?

 

- Muito mesmo, ainda hoje eu falo com minha familia todos os dias e agradeço a Deus por conseguir ajudar eles… foi difícil mas eu consegui.

- Mesmo que falhasses não duvido que eles teriam o mesmo orgulho, que devem ter por ti… pelo menos foste atrás do teu sonho e esta é a recompensa…

- É bom saber que você me entende.

- Acho que o resto da tua história eu sei. Chegas-te a Lisboa com dezanove anos e vingas-te num grande clube.

- Obrigada …

- Pelo quê?

- Pelos elogios de a pouco, e por ter aceite o jantar comigo… - comecei a ficar corada e tive de intervir.

- Tinhas-me de pagar um jantar, lembras-te?! Ganhei-te! – disse soltando um sorriso triunfante.

- Eu quero a desforra, e cê perde no próximo.

- Quero ver isso.

A conversa foi fluindo e depois de acabarmos de jantar tivemos uma situação muito engraçada. No mesmo restaurante que nós, encontrava-se uma familia por sinal muito unida a festejar um aniversário de uma criança. Antes de sairmos do restaurante o David dirigiu-se ao balcão para comprar um pacote de pastilhas e eu fiquei perto da porta. O menino aniversariante, que corria pelo restaurante acompanhado das outras crianças acabou por embater contra mim.
Era loirinho, tinha um cabelo muito parecido ao do David mas com menos caracóis e uns olhinhos de meter inveja um verde muito brilhante. Coincidência ou não, o menino trazia uma t-shirt do Benfica vestida, com o seu nome gravado atrás “Daniel” e com o número 4, que devia representar a idade do menino. O menino não se aleijou, pois a queda não foi muito grande e estivemos a conversar até ao David aparecer. O menino ficou atónico quando o viu, parecia gostar muito dele. A mãe de Daniel, apareceu entretanto e pegando no menino pediu um autógrafo a David e que tirasse uma fotografia com Daniel. O David acedeu, com um sorriso no rosto muito característico e que me recordava um menino pequenino, tal como o seu fã. No fim, Daniel consegui agradecer a custo e muito envergonhado a David disse-lhe que um dia queria ser como ele e acabou por me dar um beijinho repenicado a mim.

- Vês, isto é uma recompensa do teu sonho: existem pessoas que te seguem como exemplo e querem ser como tu.

Fizemos o caminho de regresso a casa de Fábio muito divertidos, parecíamos duas crianças a jogar ao “este ou aquele?” Eu dizia-lhe duas coisas e ele tinha de escolher apenas uma das mesmas, regra que não acabávamos por seguir.

- Chocolate ou baunilha? – perguntei-lhe.
- Os dois, é impossível escolhê. Samba ou Rock?
- Samba. – antes de lhe fazer a minha pergunta ele ainda me questionou.
- Ué cê sabe sambá?
- Mais ou menos … safo-me.
- Então no próximo pagode, cê samba comigo… as outras meninas nunca querem … apenas a Brenda me acompanha.

- Fica prometido… - sem nos apercebermos tínhamos chegado, dei-lhe um beijo rápido na bochecha, agradeci a noite e o jantar e despedi-me.

Ao bater a porta da pendura e ao contornar o carro para abrir o portão de casa, David abre o vidro do condutor e perguntou-me:

- Como nome, qual cê gosta mais?! Rúben ou Fábio?

Não precisei de muito tempo para responder, optando por uma resposta que provavelmente ele não estaria à espera.

- David. – disse-lhe com um sorriso na cara. Vi-o sorrir também, e com um último aceno tímido segui em frente.

 

 

21 comentários

Comentar post