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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Dom | 28.07.13

3º Aniversário

3 anos. 753 posts. 6758 comentários. 

É verdade, hoje é dia de festas. Este cantinho já tem três anos, e encontra-se bem desenvolvido. Já passou por vários momentos alegres, outros nem tanto assim. Já teve os seus momentos descontraídos e os de maior agitação. Já sofreu várias ameaças de "morte" da própria dona mas continua aqui de pé, vivo. Porquê? Porque acima de tudo este é o meu mundo, o meu diário. Marca a minha adolescência e sabe tão rem recordar certas coisas que nos acontecem.
Obrigada por todos os amigos, leitores, seguidores. Obrigada por todas as sugestões e por todos os comentários (poucos) mas pronto. 
Será que aguenta mais três?


Sab | 27.07.13

Alguém sabe quanto custa?

Não quero ser chata mas enquanto a one-shot não tiver mais comentários não posto outra.

 

 

  Nunca pintei o cabelo, nem nunca fiz madeixas nem mesmo quando era criança. Daí a minha reticência ser tão grande quanta a minha vontade de arriscar e fazer não californianas - que são mesmo loiras - mas sim uma espécie de ombré hair mais discreto mas ao mesmo tempo juvial e bonito. 
  Não faço a ideia de quanto custará o Kit, até porque a tarefa de ir ao supermercado é sempre encargo dos meus pais e eu acabo por ficar em casa.
  
Vocês sabem quanto é que pode custar um kit assim? E desaparecerá com as lavagens?
Qua | 24.07.13

One-Shot - Let Her Go

Olá caros leitores, estou muito reticente quanto ao produto final desta One-shot mas não me ocorreram ideias melhores e por isso peço desculpa. Espero que gostem e que deixem o vosso comentário, caso não gostem façam-no na mesma. É muito importante para mim e ajuda-me a melhorar.

A próxima one-shot só será postada quando esta tiver um número "decente" de comentários.

 

 

One-Shot - Let Her Go

Acho que nunca percebemos aquilo que tivemos até que isso termine ou se vá embora. Nunca sabemos a sorte que temos até que essa mesma acabe. Acho que nunca nos damos conta do bem que nos faz termos uma certa pessoa ao pé de nós, até a perdermos. Especialmente, se a culpa dessa pessoa ter ido embora for nossa. E dói, doí bastante ver escapar entre os dedos algo que tínhamos como garantido. Doí saber que não fizemos nada para evitar que isso acontecesse. Porém, o que magoa mais, é o nosso coração ficar apertado de cada vez que pensamos nessa pessoa.

 

                De cada vez que o Joshua – o meu melhor amigo – ou mesmo a minha mãe ou a minha irmã mais nova falavam dela, o meu coração apertava. De cada vez que examinava as nossas fotos, as memórias invadiam-me e o meu coração voltava a mirrar dentro do peito. Todas as fotografias tinham uma história, um momento feliz pelo qual tínhamos passado. De todas as vezes que as via, parava sempre mais tempo na mesma. A minha preferida. Aquela em que estávamos de mãos dadas, a sorrir um para o outro. A luz do sol tornava os seus cabelos loiros ainda mais brilhantes, e os seus olhos verdes ganhavam um brilho especial.

 

                (…)


                Num dos dias seguintes a termos terminado, enquanto arrumava o quarto, encontrei uma das suas pulseiras. Era prateada, com uma pequena missanga no meio. Era um dos seus acessórios favoritos. Quase todos os dias, Catarina usava pulseiras. Não saía de casa sem ter pelo menos um daqueles objectos num pulso. Usava-as religiosamente. Pensando bem, eu costumava brincar com ela dizendo-lhe que usava pulseiras tantas vezes como comia cerais de chocolate. Tanto lhe fazia ser hora de almoço, lanche ou jantar. Para ela, cereais com chocolate encaixava sempre bem em qualquer parte do dia. Será que ainda continuava assim? Será que Catarina ainda tinha medo de gatos? Será que ainda pensa em mim de cada vez que a nossa música favorita toca no rádio? Será que ainda a ouve antes de dormir? Talvez sim … talvez não. Se calhar, a Catarina que eu conhecia já seguiu em frente…

                Será que ainda me ama?

 

                (…)

 

                Dois meses tinham passado. Dois meses sem notícias dela, sem ouvir a sua voz ou ver o seu rosto. Nesse espaço de tempo, pouco tinha saído. Limitava-me a ir à escola, que entretanto tinha terminado para dar lugar às férias de verão que todos os adolescentes esperavam. Desde que tinham começado, acho que, só tinha saído uma ou duas vezes. Não me apetecia sair e ter de enfrentar a realidade. O mais provável era vê-la, vê-la sorrir. Não que eu quisesse que ela andasse mal, é claro que não era egoísta a esse ponto. O meu medo, era vê-la sorrir e perceber que tinha deixado de ser o motivo para aquele gesto. O meu medo era vê-la sorrir para alguém, do mesmo modo que o costumava fazer para mim. Só essa possibilidade consumia-me por dentro.

                Senti a porta do meu quarto a abrir-se, e a fechar-se logo de seguida. Pelos passos consegui perceber que se tratava de Joshua. Fechei o ecrã do computador e virei-me na sua direcção. Da sua parte, recebi um sorriso algo torto ao ver o estado em que me encontrava.

                - Como estás mano? – Aquela era uma pergunta retórica. Joshua sabia perfeitamente o estado em que me encontrava.

 

                - Estou mal, Josh. Estou cada vez pior, mas estou a lidar com aquilo que semeei por isso só me resta aceitar.


                - Não podes andar assim. – Disse-me.

 

                - Queres que ande como? Feliz? De sorriso na cara? Mano, eu perdia-a, e era tudo o que eu precisava. Achas que eu consigo estar de outra maneira a não ser esta? – Exaltei-me, barafustei mas sentia que aquela conversa me ia ajudar.

 

                - Ouve, eu entendo que estejas assim mas é normal que não goste de te ver nesse estado. Fizeste asneira com a Catarina. Tu traíste-a, e isso não se faz a ninguém. Tudo bem que estavas bêbedo mas ela não merecia e o problema foi teres percebido isso tarde demais. 


                Passei as mãos pelo cabelo enquanto tentava digerir as palavras que Joshua me dissera. Ele tinha razão, mais do que razão.

 

                - Porque é que só damos valor às coisas depois de as perdermos?


                - Tu perdeste-a por essa mesma razão. Enquanto a tinhas não lhe deste o devido valor. Devias ter parado com as saídas à noite, com as bebedeiras, devias ter aproveitado esse tempo para estar com ela. Para conversar com ela, e o que é que tu fizeste? – Joshua estava de pé, e enquanto falava as suas mãos ganhavam vida própria. – Continuaste a sair, e não te importaste se a rapariga estava bem ou mal com isso. Eu não duvido que a amasses, o problema aqui é que não lhe soubeste mostrar isso. E agora? Agora estás aí, nesse estado deprimente, porque não soubeste dar valor. Pensa comigo, se não tivesses telemóvel sabias a falta que ele te faz de cada vez que te esqueces dele? – Olhei para Joshua de uma maneira acusatória, aquela não era a melhor das comparações. – Pára de olhar para mim com essa cara, eu sei que é uma pergunta estúpida mas responde-me.


                - Não. – Respondi-lhe depois de pensar algum tempo.

 

                - Então … O meu ponto de vista é simples, tu só sabes a falta que uma coisa te faz quando precisas dela. Só ligas os candeeiros quando é de noite, porque a luz do sol já não é suficiente. – Por mais descabidas de razão que as explicações de Joshua pareciam, faziam sentido na minha cabeça. - Se estás longe, só tens saudades de casa quando o que estás a viver já não faz sentido e é sempre a mesma coisa … Com a Catarina acontece o mesmo. Tu só percebeste o quanto gostavas dela, o quanto a amavas, quando a deixaste ir.


                Ele tinha razão. Eu só soube o que era amá-la, quando a perdi.

 

                - Vais ficar aí sentado sem fazer nada? Vais esconder-te no quarto mais dois meses? Vais deixar que ela encontre alguém que lhe dê o devido valor? – Não lhe respondi, não sabia o que dizer. – Matt, eu só te vou perguntar isto mais uma vez: vais deixar que alguém a ame como tu devias ter feito ou vais lutar por uma segunda oportunidade?


(…)

                O ritmo do meu coração era quase tão acelerado como o dos meus passos. A casa de Catarina ainda era um bocado longe mas tempo era o que não me faltava. Nem que tivesse de estar lá a noite toda, íamos conversar. Ia tentar que ficássemos pelo menos amigos outra vez.

                Não dei pelo tempo passar, quando dei por mim já estava à porta de sua casa. Respirei fundo uma e outra vez. As luzes da sala de estar estavam acesas, na pior das hipóteses só a mãe é que estava em casa. Respirei fundo mais uma vez, e num flash de coragem ou ousadia, toquei à campainha. Do outro lado consegui perceber a sua voz, provavelmente a dizer à mãe que ela abria. Em menos de nada, tinha-a ali à minha frente. Continuava bonita. O cabelo loiro parecia-me mais claro e a sua pele estava mais morena. Estava surpreendida pela minha presença, mas não me parecia enervada. Estava calma, pelo menos os seus olhos verdes eram o que me transmitiam.

 

                - Matt … - foi a primeira a quebrar o silêncio. Deus, como eu tinha saudades de ouvi-la chamar o meu nome.

 

                - Catarina … - assim que disse o seu nome, pôde jurar que um pequeno sorriso se formou no seu rosto.

 

                E com aquele sorriso eu tive todas as certezas do mundo. Se ela me desse uma nova oportunidade, eu dar-lhe-ia todo o valor que não dei na primeira vez. Eu podia tê-la perdido uma vez, mas não era rapaz de a perder uma segunda. Foi preciso perdê-la para perceber o quanto era importante tê-la na minha vida. Eu só soube que a amava, quando a perdi… mas isso não ia voltar a acontecer.

Seg | 22.07.13

Coisas que me deixam passada

Durante o ano lectivo anterior:

"Para o ano o que vão escolher?" 
A esta pergunta mais de metade da turma respondia uma disciplina em comum: Psicologia. E eu, que estava indecisa entre Geologia e Psicologia mas, muito mais inclinada para que Psicologia fizesse companhia à minha adorada Biologia, ia-me convencendo que para o ano seguinte teria a turma toda junta nessas duas disciplinas. 

 

Hoje, depois das matrículas:

"Mãe, o que é que X escolheu, sabes?"
E quando não é o meu espanto, a minha mãe diz-me que todas as pessoas que lá estavam escolheram Geologia. A sério? Caiu-me tudo ao chão. Porquê? Porque tenho pânico de ficar sozinha num sítio cheio de pessoas onde não conheço ninguém e porque detesto que estas coisas aconteçam. Faz-me sentir que todos combinaram uma coisa e me deixaram de parte e eu sempre fui muito insegura em relação ao que os outros sentem em relação a mim, à sua amizade pela minha pessoa entre outras coisas.

 


Só posto a próxima one-shot quando tiver 5 comentários (sem contar com as minhas respostas) à outra one-shot.

 

Sex | 19.07.13

One-Shot - Summer Love

Olá caros letores, como têm sido essas férias de Verão? Apesar de muitos de vocês já estarem de férias desde o final de Junho, sinto que as minhas só começaram na passada quarta-feira depois das quatro da tarde. Porquê? Bem, porque fui fazer a segunda fase do exame nacional de Biologia. Exames feitos, escola arrumada, é hora de descansar e de me dedicar ao blog. 

Como sabem, e se não sabem deviam ler este post , voltei a fazer aquele desafio das one-shots inspiradas numa música à vossa escolha. 

Alertei, aquando da resposta aos vossos comentários, que provavelmente as One-Shots não iam sugir na mesma ordem que me foram pedidas visto que, eu não consigo escrever por obrigação. Escrevo quando me apetece, e se sentir que tenho de escrever segundo uma determinada ordem as coisas não saem ao meu gosto.

Sem mais demoras, deixo aqui a primeira one-shot.

 

One-Shot - Summer Love [Com o Niall dos One Direction]

  O despertador tocou naquela última manhã de Agosto. No calendário, o verão ainda durava mais algumas semanas, porém Niall sentia que o seu chegava ao fim naquele mesmo dia. Costumam dizer que tudo o que é bom acaba depressa, mas seria depressa o adjectivo correcto para aqueles dois meses e meio? Não, depressa era um adjectivo demasiado bondoso para caracterizar a velocidade a que aqueles dias tinham decorrido. O rapaz soltou um suspiro, e movimentou as pernas para afastar de si o lençol fino que tinha enrolado no corpo. Por mais calor que fizesse, Niall nunca conseguia dormir totalmente destapado. Levantou um pouco a almofada, colocando-a numa posição confortável para apoiar as costas e sentou-se na cama com as pernas estiadas. Deixou-se estar assim durante algum tempo, e a sua mente viajou até meio da terceira semana de Junho.

 

  “Era um típico dia de Junho, uma das primeiras semanas de férias…. Vários adolescentes passeavam nas ruas daquela cidade. Uns dirigiam-se para as piscinas municipais, outros para a gelataria ou mesmo para o salão de jogos. O rapaz loiro e de olhos claros andava pela cidade sem nada para fazer, muito por culpa do seu melhor amigo que tinha desmarcado os planos à última da hora. Num dia tão bonito regressar a casa não era opção, e mesmo com os planos cancelados Niall dirigiu-se até ao parque da cidade. Era um sítio bonito, o verde predominava e o jovem rapaz sempre gostara de estar em contacto com a natureza. As várias árvores centenárias viam as suas folhas agitar um pouco devido à brisa refrescante que corria naquela tarde. Algumas crianças aproveitavam aquele dia quente para brincar nos baloiços e outras diversões espalhadas naquele local. O rapaz de olhos claros gostava particularmente de ver as crianças a divertirem-se, gostava de observá-las. Para elas, é tudo tão simples… O seu maior problema talvez seja o facto de o dia ter poucas horas para brincar, ou o facto de o amigo ter de ir embora mais cedo. Eram inocentes, felizes, despreocupados com o futuro e Niall sentia falta disso. Não se podia queixar muito, considerava-se feliz, mas a inocência de criança tinha desparecido com os anos, tinha motivos para se preocupar com o futuro, tinha escolhas difíceis a tomar, tinha errado, tinha caído sozinho mas crescer e viver a adolescência era isso mesmo.

  Depois de caminhar durante um bom bocado, chegou ao seu sítio preferido desde que se lembrava de frequentar o parque. Sentou-se debaixo daquela que diziam ser a primeira árvore ali plantada, e a julgar pelo seu tamanho e pela grossura do seu tronco teria mais de um século de existência. Ajeitou os óculos de sol e depois de apoiar as costas junto ao tronco, esticou as pernas. Era relaxante estar assim.

  A poucos metros de si, dois rapazes pequenos que não deveriam ter mais do que seis anos jogavam à bola freneticamente. Niall observava-os com atenção … O que estava de costas para si tinha um passe certeiro, porém o outro pequenote não tinha a mesma habilidade para o futebol e quando rematou, a bola desviou-se do amigo e veio na direcção oposta a que Niall se encostara. Vendo que as duas crianças estavam cansadas, Niall começou a levantar-se para lhes passar a bola porém alguém se adiantou. Uma rapariga, um pouco mais baixa do que ele, apareceu à sua frente e chutou a bola para um dos meninos. O passe, mesmo com pouca força, foi certeiro e o pequeno em jeito de agradecimento sorriu.

 

  - Excelente pontaria. – Elogiou o loiro, há medida que se punha de pé e ia ao encontro da rapariga, que ao ouvir uma voz atrás de si pulou, assustando-se. – Desculpa, não era minha intenção assustar-te.

 

  - Não faz mal, eu é que não estava a contar ter alguém tão perto de mim. – Respondeu-lhe enquanto se virava para ver a quem pertencia aquela voz. Niall não pôde deixar de reparar como era bonita. Tinha cabelo castanho, que não deveria ser muito curto pois mesmo apanhado num rabo-de-cavalo chegava-lhe quase ao meio das costas, um rosto bem estruturado, uns lábios pequenos e carnudos adornados com batom vermelho e por fim, uns olhos verdes lindíssimos. Ao ver que o rapaz à sua frente a observava, falou novamente. – Miriam.

 

  - Ahn? – Niall apercebeu-se que a tinha observado durante muito tempo e quando acordou do transe em que o seu cérebro tinha ficado é que se apercebeu que a rapariga lhe tinha dito o seu nome. Esticou-lhe a mão direita e sorriu, dizendo o seu nome: – Niall. Ambos sorriram um para o outro, e por mais estranho que pareça, assim que as suas mãos se tocaram um choque eléctrico percorreu-lhes o corpo, chegando ao coração. “

 

  Niall suspirou depois de recordar o dia em que a tinha conhecido. O tempo tinha passado demasiado rápido. Parecia que ainda ontem se tinham conhecido, a sua mente dava-lhe a ideia que tinham passado poucas horas desde que a tinha visto a pontapear aquela boa … mas não. Tinham passado quase três meses, talvez os melhores três meses da sua vida e agora estava tudo a chegar ao fim. Dentro de algumas horas, Miriam estaria fechada num táxi em direcção ao aeroporto para ir para casa. Para viajar para uma cidade diferente, um país diferente daquele em que se encontravam agora. Para um continente diferente, com um oceano e um fuso horário estúpido a separá-los.

  Não valia a pena continuar deitado na cama, isso não ia resolver nada. Niall resolveu levantar-se e depois de tomar um banho e de se vestir, desceu as escadas e dirigiu-se à cozinha para tomar o pequeno-almoço.

 

  - Bom dia mãe. – Assim que entrou na cozinha, viu a sua mãe de volta da loiça e dirigiu-se a ela para a cumprimentar. – Precisas de ajuda?

 

  - Bom dia meu filho. Não, não é preciso nada, estou quase a acabar. – Respondeu-lhe enquanto limpava o último prato e o colocava no armário. Maura, mãe de Niall, sabia que o filho não estava bem. O rosto não transmitia a mesma alegria que nos dias anteriores, e ela sabia as razões. – Vais ter com a Miriam?

 

  - Sim, - respondeu-lhe depois de beber um bocado do seu iogurte liquido – vou ajuda-la a fazer a mala e depois vamos dar um passeio … ou ficamos em casa. Ainda não sei, mãe. – Ver o filho tão triste, partia-lhe o coração.

 

  - Imagino que seja complicado mas, vocês sabiam que mais tarde ou mais cedo este dia iria acabar por chegar. – Maura não sabia o que dizer, tinha medo de ferir ainda mais a luz dos seus olhos.

 

  - Eu sei disso, aliás, eu e a Miriam sabemos disso desde o primeiro dia. – Niall acabou de tomar o seu pequeno-almoço, e abraçou a mãe em jeito de despedida. – Desde o início que me tentei mentalizar que isto era só um amor de verão, uma coisa passageira … Porque é que me está a custar tanto, mãe?

 

  - Porque as coisas não correram como tu no início tinhas idealizado, Niall. O que tu querias que fosse uma coisa passageira transformou-se numa muito maior. Transformou-se num dos amores de verão mais bonitos que vi, e talvez o único que vocês os dois vão viver com tanta intensidade e com tanto sentimento. – Maura apertou Niall contra o seu peito, e o rapaz deixou escapar uma lágrima no ombro da mãe. – E sabes uma coisa? Nunca na tua vida, nem tu nem a Miriam se vão arrepender destes três meses.

(…)

 

  Niall sabia que ainda era cedo para ir até a casa de Miriam, provavelmente a rapariga do cabelo castanho ainda estava a dormir. Resolveu dar uma volta no parque em que se tinham conseguido e que tantas vezes tinha sido testemunha das suas brincadeiras. Parecia que cada recanto daquele espaço lhe trazia uma memória diferente, um sorriso dela, uma gargalhada fora do comum, um olhar que lhe dizia exactamente como ela se sentia, uma conversa profunda ou mesmo um dos muitos silêncios. Quando estava com ela tudo parecia certo, até o silêncio lhe parecia uma coisa acertada, e agora tudo isso ia chegar ao fim…

  Os minutos foram passando e Niall quando deu por si já se encontrava à porta da casa da tia de Miriam que a tinha acolhido durante o verão. Os nós dos dedos das suas mãos viajaram de encontro da porta de madeira, e duas suaves pancadas anunciaram a sua chegada. Caroline, tia de Miriam, veio abrir a porta e cumprimentou Niall com um sorriso forçado e um bom dia.

 

  - A Miriam está lá em cima no quarto, sobe. – Incentivou-o. Niall agradeceu e começou a subir a escadaria até ao segundo andar.

 

  O quarto de Miriam era logo à direita e antes de bater Niall percebeu que a rapariga dos seus olhos andava de um lado para o outro naquela divisão. A mão esquerda de Niall repetiu o movimento que à pouco tinha executado, e do outro lado ouviu-se um “sim” choroso. Niall podia jurar que o seu coração tinha ficado em mil pedaços depois de ouvir aquele tom de voz.

  Miriam trazia o cabelo apanhado no topo da cabeça, e alguns dos cabelos mais rebeldes caiam sobre a face, emoldurando-lhe o rosto. Niall gostava de a ver assim, com o cabelo apanhando, uma t-shirt simples e uns calções de andar por casa. Miriam ao sentir a porta abrir-se, olhou para ver quem era e assim que viu o loiro, limpou o rosto. A tentativa de disfarçar o choro era em vão, ela sabia que Niall tinha percebido o estado em que ela se encontrara mas preferiria transformar qualquer mágoa que pudesse sentir, num sorriso. Ela devia-lhe isso.

 

  - Bom dia, Ni. – Ni, era o apelido carinhoso que ela lhe arranjara. Ninguém o chamava assim desde criança, e para dizer a verdade ele também não gostava muito porém, dito por Miriam tinha outro encanto. Tudo tem outro encanto quando dito ou feito pela pessoa que amamos.

 

  - Bom dia, princesa. – Miriam sorriu porém não se dirigiu a Niall para o cumprimentar, as lágrimas começaram a percorrer-lhe o rosto outra vez, e por essa razão virou-lhe as costas e continuou a tirar a roupa da cómoda e a coloca-la na mala. Niall assim que se deu conta desta reacção, fechou a porta e a passos largos encaminhou-se para junto dela. As mãos do rapaz repousaram na cintura da rapariga e com um pouco de força tentaram virá-la para si, mas sem sucesso. Niall apertou o seu peito contra as costas da rapariga que amava e ao sentir o corpo do rapaz tão perto do seu, Miriam parou o que estava a fazer mas manteve-se de costas. – Ei, não te quero ver assim … não te consigo ver assim Miriam. Onde está o teu sorriso que eu tanto gosto?

 

  Miriam virou-se para Niall e pode ver que os seus olhos azuis estavam tristes, tanto ou mais do que ela. Instintivamente os braços de Miriam ladearam o corpo de Niall e apertaram-no contra si. Aí foi inevitável, Miriam desabou. A morena começava agora a mentalizar-te que aquele seria dos últimos abraços que lhe daria, seria das últimas vezes que sentiria o seu cheiro e isso custava-lhe bastante. Niall encostou-a contra si o mais que pode e também ele se começava a mentalizar que o fim estava próximo. Não sabem quanto tempo permaneceram assim, agarrados um ao outro, mas quando se soltaram, Niall sentou-se na cama de casal e puxou Miriam para o seu colo. Uma das mãos do loiro de olhos azuis, contornaram o rosto de Miriam e limpavam-lhe o resto de lágrimas que lá permaneciam. Miriam imitou-lhe os movimentos e ao de leve, com o indicador, pressionou o nariz de Niall levando-o a sorrir. Ao vê-lo sorrir, Miriam sorriu. Funcionava assim.

 

  - Custa-me a acreditar que estás a fazer as malas … - Confessou-lhe Niall com a voz triste.

 

  - Eu sei, parece que ainda ontem nos conhecemos. – A mente da rapariga viajou para aquele tarde no parque, e sorriu. – Lembraste?

 

  - Claro que sim, hoje quando acordei foi a primeira coisa que me passou pela cabeça. – Admitiu-lhe.

 

  - Lembraste quando fomos à praia e a meio da tarde começou a chover? – Perguntou-lhe Miriam. Niall soltou uma gargalhada ao recordar aquele dia.

 

  - Estávamos dentro de água quando começou a chover do nada, só tivemos tempo de sair do mar, pegar na roupa e vir embora.

 

  - E quando chegamos a casa é que demos conta que te tinhas esquecido da carteira e do telemóvel lá. – Conclui Miriam, rindo levemente ao recordar o sucedido. Niall gostava de a ver assim, a rir.Os olhos dela ganhavam outro brilho e o sorriso tornava-a ainda mais perfeita. Não foi preciso dizer mais nada, os dois lábios sincronizados substituíram todas as palavras possíveis.

  Durante o resto da manhã, Niall ajudou Miriam a fazer a mala. Almoçaram por casa e enquanto a tia de Miriam arrumava a cozinha, o casal saiu e deu uma volto pelo parque, voltando logo em seguida para casa.

 

  - Quem me dera ter um botão para fazer o tempo voltar atrás, ou um que pudesse congelar o tempo. – Miriam estava a imprimir todas as fotos que tinha com Niall no computador, e sentia que cada uma retratava um bocadinho daquele verão.

 

  - Infelizmente não podemos, Mi. – Niall foi guardando as fotografias numa pequena caixa que Miriam lhe tinha oferecido com alguns dos seus objectos: uma pulseira da sorte, uma t-shirt, os bilhetes das suas idas ao cinema bem como o da ida à feira medieval. Niall também lhe tinha oferecido uma caixa com alguns dos seus pertences: a sua t-shirt favorita, uma fotografia sua de bebé, uma pequena bola de ténis que ele e Miriam tinham encontrado no parque e lá escrito os seus nomes. Niall olhou para as horas, dentro de cinco minutos Miriam teria de descer com as coisas pois o táxi que a levaria ao aeroporto estava quase a chegar. Do bolso dos calções, Niall retirou uma pulseira de prata com um pequeno coração numa das extremidades. – Anda cá, princesa.

 

  Miriam dirigiu-se até Niall e enquanto este lhe colocava a pulseira no pulso, o seu interior debatia-se para não chorar: – É linda, mas não era preciso.

 

  - Eu sei que não era preciso mas é pra não te esqueceres de mim, nem do nosso verão. É pra te lembrares que aconteça o que acontecer eu vou estar sempre contigo, sempre que estiveres triste quero que olhes para a pulseira e que te lembres de todos os momentos que vivemos os dois. Não quero que me prometas que me vais escrever todas as semanas, que me vais ligar todos os dias … - Niall não conseguiu controlar as lágrimas e Miriam também não. Era doloroso para eles separarem-se assim. – Só preciso que me prometas que não te esqueces de tudo o que vivemos, de tudo o que tivemos. Foste o meu primeiro amor de verão, e aposto que serás o único. – Niall limpou as lágrimas e colocou Miriam no seu colo. – Não chores amor. – Ao ver que Miriam continuava a chorar, Niall apertou-a mais contra si. – Não tornes isto mais difícil do que já é, princesa. Lembra-te que se eu tivesse a oportunidade de mudar alguma coisa durante este verão, eu não mudava nada. Foste minha durante o verão, e isso ninguém me pode tirar.

 

  - Eu serei sempre tua, Niall.

(…)

 

  Enquanto Miriam se despedia da tia, Niall ajudava o taxista a colocar as malas de viagem no porta-bagagem. Terminada esta tarefa, o taxista regressou ao lugar do condutor, dando alguma privacidade à família para se despedir. Miriam, deu um último abraço à tia e agradeceu-lhe pela última vez.

  Os olhos castanhos dela encontraram-se com os azuis de Niall, que lhe sorriu de forma forçada. Os dois jovens abraçaram pela última vez. Sentiram o perfume um do outro pela última vez, e os seus lábios juntaram-se também pela última vez naquele verão.

 

  - Até ao próximo verão, princesa. – Sussurrou-lhe Niall, enquanto colocava as suas mãos nas bochechas de Miriam.

 

  - Até ao próximo verão, Ni. – Disse-lhe no mesmo tom. – Serei sempre tua.

 

  - E eu serei sempre teu.

 

  Miriam entrou no táxi e manteve o seu olhar preso ao de Niall enquanto o mesmo arrancava. Ambos sabiam que o próximo ano não iria ser fácil, mas mesmo longe tinham-se um ao outro. Vários eram os quilómetros que os afastavam mas quando é amor, é amor. Independentemente da distância, das situações, das memórias boas ou más … Quando é amor, é amor. E um amor como o daqueles dois jovens poderia resistir a tudo. Um ano de separação não os ia impedir de nutrirem o carinho, a amizade, a compreensão e aquele sentimento tão forte que sentiam um pelo outro. Ambos sentiam que tinham vivido, durante aqueles meses, um amor de verão que duraria para a vida toda.

Qua | 10.07.13

Estou a precisar de escrever.

Sinto que preciso de escrever, porém faltam-me ideias. Quanto à Before You Leave Me o próximo capítulo já vai a meio mas enquanto não tiver um número aceitável de comentários, não publico. É frustrante vocês estarem sempre a insistir que eu devia postar mais regularmente, e quando o faço não recebo as vossas opiniões.

Vamos lá mudar isto, e para recuperar do choque com o resultado dos exames deixem um comentário no capítulo e façam-me feliz.

 

Lembram-se de eu nas férias da Páscoa vos ter lançado um desafio? E depois não o conseguir concretizar porque o meu computador avariou? Estive a ver e acho que as pessoas que me pediram uma one-shot naquela altura podem já não a querer, e por isso o desafio é novamente proposto.
Desafio: Deixem num comentário uma música sobre a qual gostavam que eu escrevesse uma One-Shot. Se quiserem, podem até escolher as personagens. Aceitam?
Para começar, estou diposta a aceitar as 4 primeiras.
Sab | 06.07.13

Before You Leave Me - Capítulo XVIII

Espero que gostem deste capítulo e por favor se leêm a história, deixem o vosso comentário. Nem que seja só com um simples "gostei" ou "não gostei". Sinto que estou a perder leitores e a história está a entrar num ponto importante.

 

Capítulo anterior

 

 

Before You Leave Me - Capítulo XVIII

                A manhã chegou rapidamente e quando os primeiros raios de sol trespassaram a janela, Zayn acordou e olhou-me:

 

                - Bom dia princesa – aquela sua voz rouca ainda adormecida era das melodias mais bonitas para os meus ouvidos – já estás acordada há muito tempo?

 

                - Bom dia, - disse com voz preguiçosa – sim já estou acordada há algum tempo …

 

                - Não conseguiste dormir?

 

                - Dormi, dormi quase a noite inteira mas desde que acordei que não consegui voltar a dormir. – Tranquilizei-o.

 

                - Então resolveste ficar a olhar pra mim enquanto dormia? Sabes que eu posso considerar isso um ato de perseguição? – Perguntou-me presunçoso e acariciando-me a face.

 

                - Oh cala-te, Zayn … Quem te dera a ti que eu ficasse a olhar-te assim todos os dias.

 

                - Convencida. – Exclamou num tom surpreendido e reprimindo uma gargalhada.

 

                - Realista meu bem, realista. – Mal acabei de falar as mãos de Zayn foram de encontro ao meu ventre e começaram a mexer-se de uma maneira muito pouco ordenada: cócegas. O meu ponto fraco. – Zayn … Pára… Quieto.

 

                - Assim não vai resultar, tens de dizer: meu senhor, meu mais que tudo, meu príncipe encantado pare com esta tortura se faz o favor.

 

                - Meu senhor … - assim que proferi as primeiras palavras os dedos de Zayn pararam, porém as suas mãos ficaram na minha barriga – meu mais que tudo, meu príncipe encantado pare com esta tortura se faz o favor.

 

                - Linda menina. Agora falta uma coisa.

 

                Ainda a recuperar o fôlego, perguntei: - O que foi agora?

 

                - O meu beijinho de bom dia.

 

                - Primeiro torturas-me e depois queres beijinhos? Já agora … - O sorriso de Zayn desvaneceu-se e no seu lugar apareceu um beicinho amuado. – Escusas de estar a fazer esse arzinho de carneirinho mal morto porque não vai resultar. Vou tomar banho e depois de me arranjar, com sorte, levas um beijinho. – Dito isto retirei-me do quarto.

 

(…)

                Assim que Rose e Charles saíram para o trabalho fui, literalmente, atacada por Zayn. Depois de termos demorado o dobro do tempo a arrumar a loiça do pequeno-almoço, o moreno dirigiu-se para a escola. Dez minutos após a sua saída, Mary chegou.

 

                - Bom dia. – Sorri assim que lhe abri a porta, e da sua parte recebi um sorriso algo forçado. – O que se passa?

 

                - Oh Colbie, eu tenho de te contar uma coisa senão rebento … Mas, eu devia contar isto na presença do Zayn e dos outros só que eu não consigo esperar. – Mary estava mesmo atrapalhada, as suas frases saiam cada uma mais depressa que a anterior.

 

                - Credo rapariga, o que é que se passa? Entra, anda para a sala. – Encaminhamo-nos para a sala de estar e assim que o seu corpo se aconchegou no sofá, Mary suspirou. – O que quer que seja, tenho a certeza que não é pior do que o que se passou ontem à noite.

 

                - O que é que se passou ontem? – Pânico, foi tudo o que senti assim que Mary perguntou o que se tinha passado.

 

                - A Kate regressou e resolveu passar por cá. – Resumi.

 

                - Oh meu deus. – Mary levantou-se do sofá e andou às voltas pela sala – Eu sabia que deveria ter vindo cá logo na quinta-feira, eu sabia.

 

                - Não estou a perceber nada. Acalma-te. Senta-te e conta-me, se fazes o favor. – pedi já um bocado impaciente.

 

                - Na quinta-feira, eu fiquei em casa do Niall até mais tarde – assim que a ouvi pronunciar o nome do rapaz que ela tanto gostava foi impossível não sorrir – não me olhes dessa maneira nem estejas com esse sorrisinho estúpido no rosto que o assunto é sério. Onde é que eu ia? Ah, como te estava a dizer, fiquei em casa do Niall até mais tarde a acabar um trabalho e quando ia para a casa encontrei-me com a Kate. Ela não me viu, mas eu reconhecia e para ter a certeza seguia até casa e quando a vi entrar e a mãe dela a abrir a porta caiu-me tudo ao chão. Eu não sabia o que pensar nem o que fazer…

 

                - Foi por isso que andavas estranha? – Perguntei mais em tom conclusivo do que interrogatório.

 

                - Sim, eu não sabia se havia de contar ao Zayn ou não. Sei lá, é complicado para toda a gente este regresso. – Se a mim me custava e nunca a tinha conhecido verdadeiramente, mal podia imaginar a confusão em que estava a cabeça de Harry, Zayn, Mary e Niall. – Como é que o Zayn reagiu?

 

                A conversa fluiu naturalmente, contei a Mary tudo o que tinha para contar e depois seguimos para a escola. O dia correu normalmente, apesar dos burburinhos que se ouviam de cada vez que Zayn ou alguém do nosso grupo passava pelos corredores. O regresso de Kate já não era novidade para ninguém, aliás era dos assuntos mais comentados do dia. Zayn tentava mostrar-se indiferente mas no fundo, eu sabia que aquele sussurrar das pessoas que não sabiam nem metade do que se tinha passado o incomodava. Incomodava-nos a todos.

 

                - Logo sempre vamos ao cinema? – Perguntei-lhe.

 

                - Claro que sim, princesa. Jantamos em casa ou vamos até à pizaria depois? – Perguntou-me roçando o seu nariz no meu.

 

                - Não sei, é como quiseres. Mas não será melhor jantarmos antes? O filme é capaz de acabar tarde e tu como sais do treino tarde, vais passar o filme todo cheio de fome e não vais prestar atenção nenhuma.

 

                - Tens razão. Então eu saio do treino, acompanho o Harry a casa e depois sigo para a pizaria ter com a mulher mais bonita deste mundo. – Declarou.

 

                - Não sabia que a senhora Fitch era a senhora mais bonita do mundo. – A senhora Fitch era a dona da pizaria, e apesar dos seus setenta e alguns anos continuava a desempenhar as suas funções como uma mulher nos seus trintas.

 

                - É, eu tenho um fraquinho por ela desde que me lembro de comer pizza.

 

                - Estúpido. – Acusei, batendo com os punhos no seu peito tentando libertar-me dos seus braços.

 

                - Uma pessoa elogia-te e ainda é chamado de estúpido? Ok, agora é a sério: a senhora Fitch é mesmo a mulher mais linda do mundo.

 

                - Ai é? – Perguntei, duvidosa. – E a senhora Fitch pode fazer isto? – Depois desta pergunta, beijei-o.

 

                - Poder até pode, mas eu não quero. Agora cala-te e dá-me beijinhos porque o treino está quase a começar.

(…)

                A noite começava a cair na cidade, vários carros passavam nos dois sentidos provavelmente a dirigirem-se para casa depois de um longo dia de escola ou trabalho. A pizzaria não estava muito cheia, apenas três pessoas e mais umas quantas encostadas ao balcão a beber algo ou a conversar com a senhora Fitch. Sorri ao recordar a conversa que eu e Zayn tínhamos tido horas antes.

 

                - Querida, queres escolher já o jantar ou esperas pelo Zayn? – A voz da senhora de cabelos brancos muito bem apanhados num bonito carrapito interrompeu-me os pensamentos.

 

                - Eu espero por ele, senhora Fitch. Ele deve estar quase a chegar o treino já deve ter acabado. – Olhei para o relógio e comecei a ficar preocupada. O treino tinha acabado à mais ou menos uma hora, era tempo mais do que suficiente para desequipar, tomar banho, levar o Harry a casa e estar na pizzaria.

 

                                Está tudo bem?

 

                                Sim, eu e o Harry ficamos até mais tarde com o treinador e só nos conseguimos despachar agora. Vou deixá-lo em casa e sigo já para aí. Vinte minutos no máximo. Até já, amo-te.

 

                                Está bem. <3

 

                Vinte minutos passaram, e a esses vinte mais outros se seguiram. Três pessoas saíram da pizzaria e uma família chegou para jantar. Uma hora tinha passado desde a mensagem de Zayn. Seria motivo para estar preocupada? Será que lhe tinha acontecido algo de mal? A verdade é que tinha um aperto no peito mas não sentia que lhe tivesse acontecido algo de mal. Decidi ir-me embora, afinal de contas o filme já tinha começado há quinze minutos e estava mais do que visto que Zayn não iria aparecer. Paguei a água que tinha consumido e dirigi-me para casa.

 

                                Vim para casa. Estive uma hora à tua espera. Espero que estejas bem.

 

                - Já estás em casa, Colbie? – Tinha intenções de me dirigir para o meu quarto sem que Charles e Rose dessem conta da minha chegada e da ausência de Zayn. – O Zayn não veio contigo?

 

                - Olá Charles, ele …. Foi a casa do Harry porque se tinha esquecido de um caderno e precisava dele para acabar uns apontamentos. – menti.

 

                - E deixou-te vir pra casa sozinha por causa de um caderno que podia ir buscar amanhã? Ai aquele rapaz….

 

                - Eu é que insisti para que ele fosse agora porque o Harry amanhã não vai estar em casa. – Mentira, mais uma vez. – Charles encolheu os ombros e pareceu-me que acreditou. – A Rose já se foi deitar e eu vou fazer o mesmo daqui a pouco. Ficas a fazer-me companhia um bocado ou já te vais deitar?

 

                - Não te importas que me vá já deitar? O dia foi muito cansativo…

 

                - Claro que não, vai lá. Boa noite e bom descanso. – Sorri-lhe e comecei a subir os degraus que me levariam até ao quarto. – Colbie, o filme é interessante?

 

                Fechei os olhos, e suspirei. Não lhe podia dizer que não tinha ido ao cinema com Zayn mas mentir outra vez também não me parecia justo. Porém, é o que tenho feito nos últimos tempos. Tenho enganado tanto Charles como Rose com a relação que tenho com Zayn. Mentir mais uma vez, era necessário: - Sim, é muito bom. Boa noite Charles, e bom descanso.

Fechei-me no quarto e controlei a respiração a custo para não começar a chorar. 

 

Qui | 04.07.13

Peço desculpa.[editado]

Peço imensa desculpa pela falta de dedicação a este blog. Sei que não posto quase há uma semana e só me resta pedir-vos desculpa por isso. Não tenho conseguido escrever como quero, as palavras não saiem da melhor maneira, o que quero exprimir não fica no papel - ou melhor, no ecrã - e quando é assim não vale a pena.

 

Sinto-me triste comigo mesma. Desiludida. Não sei o que fiz mas parece que toda a gente se afasta de mim. As conversas que costumava ter com os meus "amigos" não são as mesmas e tenho dúvidas se algum dia serão ... 

   Sim, eu sei que provavelmente eles estão a aproveitar o verão deles e não os condeno por isso , porque se pudesse fazia o mesmo, porém eu nunca me esquecia deles. Podem não ter todo o tempo do mundo, mas o que são cinco segundos perdidos a mandar uma mensagem a perguntar se estamos bem, se não queremos combinar alguma coisa, o que temos feito, como estão a correr as férias... Será assim tão perda de tempo perder cinco segundos comigo? Talvez ...