Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Já muito se falaram de bandas que marcaram a nossa infância, das séries que viámos, dos desenhos animados que já não são o que eram. Porém, na última segunda-feira deu-me para recordar e lá fui eu abrir o baú onde tenho os CD's antigos. De lá, retirei dois CD's de uma banda que nasceu na TVI . Não, não são os DZRT. São os 4Taste.
Vivemos um dia de cada vez
Sei que podemos viver sem porquês
Afinal só depende de nós dois
Confesso que o meu preferido não era o vocalista, mas sim o baterista. Quando era mais pequena, tinha uma certa panca por ele. Sei lá, achava-lhe piada e até tinha fotos dele numa capa. Sim, eu não era "normal".
Quando eles terminaram, confesso que fiquei triste mas nada se compara ao que senti quando os DZR'T anunciaram que se iriam separar. Os DZR'T foram, para mim e para muitas adolescentes, a banda que mais nos marcou. Eram aqueles quatro rapazes que nos faziam sonhar e que nos faziam querer casar/namorar com um cantor famoso.
"Fala, diz-me o que estás a pensar
Oiço, sinto o que estás sentir
Abre, abre a mão aos teus medos
Deixa-me estar onde estás(...)Quando te sentires que te vais perder..
sabes... que não te vou deixar cair...
Vou estar aqui, até ao fim"
Porém, só passados estes anos todos é que reparei na intensidade e no sentimento que as letras transmitiam. Voltei a colocar os dois CD's no computador e a chorar que nem louca. Porquê? Porque são este tipo de músicas que nos fazem pensar em momentos, pessoas que perdemos, erros que cometemos e em oportunidades que deixamos escapar. É este tipo de poemas que nos faz ter saudades de momentos felizes, tristes, lágrimas, sorrisos.
Olá caros leitores, peço imensa desculpa pela demora mas só agora é que me foi possível sentar e tentar escrever alguma coisa. Peço desculpa por não estar ao meu melhor nível mas têm acontecido algumas coisas inesperadas que me têm deixado emocionalmente muito mal. Espero que compreendam.
É muito importante para mim que comentem este capítulo, quem o faz regularmente ou mesmo quem nunca o fez. Obrigada.
Depois da saída de Kate, o ambiente tornou-se pesado. Assim que Zayn regressou à sala, Rose aconchegou-o nos seus braços e Charles voltou a encher o copo com creme de uísque, bebendo o conteúdo de uma golada só. Eu e Harry mantínhamo-nos de olhos postos um no outro. Como seria a partir de agora? Charles pediu desculpa, despediu-se de Harry com um abraço e deu-me um suave beijo na testa, e seguiu para o quarto. Zayn e Rose mantiveram-se nas mesmas posições, ambos de pé e Zayn com a cabeça apoiada no ombro da mãe. Dirigi-me para a sala de jantar e comecei a recolher a loiça suja para o lavatório, Harry segui-me os passos.
- Estás bem? – Foram as palavras que me dirigiu depois de ter poisado os últimos pratos na banca e de fechar a porta da cozinha.
- Sim, não tenho razões para estar mal Boo. – Exclamei abrindo a torneira. – Afinal de contas, isto até pode ser uma coisa boa para o Zayn…
- Eu não consigo perceber o porquê de ela voltar agora. – Harry manteve-se perto de mim e ia-me chegando a loiça suja.
- O tratamento deve ter terminado e os médicos devem ter aconselhado a que voltasse para casa. – Supus.
- Sim mas… Ela tem a perfeita noção que magoou imenso o Zayn, e tem a lata de vir a casa dele como se nada fosse. Aliás, vem no dia dos anos da Rose…
- Harry não é uma questão de lata. É normal que ela queira rever o Zayn, mostrar-lhe que é a Kate de antigamente e que já está bem. Que está normal. É normal que ela queria a vida que tinha antes da droga e dos problemas em que se meteu.
- Então, e pelo menos da minha parte, não vai ter muita sorte. – Harry pegou num pano e começou a secar a loiça. Notava-se que o regresso da “amiga” não lhe tinha agradado.
- Boo’, não podes ser assim.
- Não posso ser assim? É claro que posso ser assim, ‘Bie. Posso ser assim e de todas as maneiras que me vierem à cabeça. Ela conseguiu deixar o meu melhor amigo de rastos, conseguiu deixá-lo irreconhecível e agora vem como se nada tivesse acontecido? Sem um pedido de desculpas? Não, comigo não. Nem que se ponha de joelhos ou que me dê todo o dinheiro do mundo.
- Boo’ toda a gente merece o benefício da dúvida até prova em contrário.
- Acreditas mesmo nisso depois do que o Danny fez? – Harry acabou de limpar a loiça e encostou-se à banca da cozinha – Colbie, tu também lhe deste uma oportunidade e depois ele veio aqui todo presunçoso dizer-te que sabia da tua relação com o Zayn e que te tinha na mão.
- São coisas diferentes, Harry. Eu dei-lhe uma oportunidade mas nunca confiei a cem por cento nele. A história da Kate é totalmente diferente. – Suspirei.
- É como te digo, a partir de momento que fez o que fez ao Zayn para mim morreu. – O braço de Harry veio ao meu encontro e encostou-me ao seu peito. – Queres-me contar como realmente te sentes? Eu sei que estás com medo…
- Eu não estou com medo … - Depois de receber um olhar reprovador por parte do meu melhor amigo, revelei o que realmente me atormentava. – Pronto, talvez esteja com receio que agora que a Kate voltou o Zayn se esqueça de mim e que a transforme na sua única prioridade.
- Só o Zayn sabe o que lhe vai na cabeça mas, ele gosta mesmo muito de ti para te afastar dessa maneira.
- Eu sei, eu sinto que ele gosta de mim mas … Ele tem um passado com a Kate, um passado mal resolvido e agora tem-na aqui com ele.
- Olha para mim. – Harry colocou as suas mãos no meu rosto e obrigou-me a encará-lo – É normal que o Zayn se aproxime dela, que lhe peça justificações. Eles têm muita coisa para conversar, muitos assuntos para discutir porém, é a ti que ele ama.
- Eu sei … Só espero que ele não se esqueça disso. – Abracei Harry com toda a força que tinha em forma de agradecimento, e em troca recebi um beijo na nuca.
(…)
Sentei-me no sofá enquanto Zayn levava Harry à porta, enquanto Rose se despedia de mim e recolhia ao seu quarto. Os dois amigos ainda ficaram um pouco à conversa no alpendre, enquanto eu tentava prestar atenção ao programa que passava na televisão. Deixei-me viajar em pensamentos e só despertei quando Zayn desligou a televisão. Olhei-o. Apesar do ar cansado, dos olhos inchados e da barba por fazer, Zayn continuava bonito. Os seus olhos amendoados percorreram os meus à procura de respostas, de qualquer informação que lhe permitisse decifrar o meu estado de espírito. O corpo cansado do moreno deixou-se cair junto ao meu, e as suas mãos entrelaçaram-se com as minhas. Ficamos assim durante uns minutos. Em silêncio, perdidos no olhar um do outro, a tentar perceber o que nos ia no coração.
- Como te sentes? – Fui a primeira a interromper o silêncio.
- Feliz. Cansado. Preocupado. Ansioso… - Zayn levou uma das mãos ao rosto e bufou, frustrado consigo mesmo. – Não sei Colbie, não sei como me sinto. Não sei o que sentir.
- É normal, ninguém estava à espera que isto acontecesse e para ti deve ter sido difícil vê-la depois de tanto tempo.
- Quando a vi à entrada, parecia que estava a sonhar ou que me tinham drogado e eu estava a ver coisas onde elas não existiam. Só quando ouvi a voz dela e lhe toquei é que percebi que era real.
- E agora que é real, que te começas a aperceber que é mesmo verdade, o que sentes? – Tinha medo da resposta que Zayn iria proferir.
- Por um lado estou aliviado porque pude ver com os meus próprios olhos que ela está bem, está igual … Quer dizer, fisicamente a Kate está na mesma. Por outro, não sei até que ponto posso confiar nela e voltar a criar laços de amizade.
- Tens medo que ela te volte a desiludir, isso é normal. É perfeitamente normal que não confies como confiavas …
- Eu sei e acho que ela também vai entender isso, só tenho medo deitar tudo a perder agora que ela voltou.
- Tens medo de deitar tudo a perder? Como assim Zayn? – O meu tom de voz saiu mais elevado que o normal e arrependi-me disso em seguida.
- Colbie põe-te no meu lugar, é complicado voltar a vê-la. – Zayn levantou-se e dirigiu-se até à janela. – Porra Colbie, eu sei que isto também mexe contigo mas vê as coisas pelo meu ponto de vista. A pessoa que mais amei e que mais me desiludiu está de volta e eu não sei se lhe posso dar uma oportunidade ou não. Eu não sei se ela está igual ou não, se vem em paz ou não. Se me vai voltar a desiludir ou não. Sabes o que é isso? – Zayn parou e respirou fundo, para depois continuar. – Ela magoou-me como nunca ninguém tinha feito. Desiludiu-me ao ponto de eu não ter vontade de ver ninguém, de não sair de casa, de ficar sozinho no meu canto. Fez-me pensar que eu não valia nada e que a culpa dela estar assim era minha, Colbie. Apenas e só minha. Fez-me pensar que eu era o responsável e que todas as pessoas que se davam comigo me iam desiludir. E agora? Agora voltou e como vai ser? Vou passar por aquilo tudo outra vez? Eu não quero isso, eu não posso voltar a passar por isso.
O corpo de Zayn deslizou pela parede sem vida e quando encontrou o chão, os seus braços ladearam os joelhos e o rapaz forte que eu conhecia desmoronou mesmo ali na minha frente. Assim que o vi naquele estado, levantei-me e ajoelhei-me a seu lado. Num ato protector agarrei-me a ele.
- Não vais voltar a passar por nada disso. Estou aqui para tudo. Desculpa, eu entendo que seja difícil para ti mas para mim também é complicado. – Zayn levantou o rosto e com as costas das mãos limpou as lágrimas que lhe cobriam o rosto. - Quando a vi na porta, houve qualquer coisa que me disse que era ela antes de se apresentar e também não te consigo explicar o que senti. Por um lado, apetecia-me trata-la mal por tudo o que te fez passar mas por outro, eu sei que ela continua a ser importante para ti. Desculpa a minha reacção, mas eu já fui trocada tantas vezes que tenho medo de que isso aconteça mais uma vez. E gosto tanto, mas tanto de ti, que tenho receio que ela te magoe como fez no passado.
Zayn tomou-me nos seus braços e beijou-me, depois disso abraçou-me e assim ficamos durante muito tempo. Tínhamos dito o que sentíamos, tínhamos revelado os nossos medos e era tudo o que bastava para ficarmos mais calmos. Senti-me a ser carregada pelas escadas acima e dei conta que Zayn me descalçou as sapatilhas.
- Levanta os braços, princesa. – A minha mente estava mais adormecida que acordada, porém ainda fazia o que ele me pedia. Zayn retirou a camisola que me cobria o tronco e vestiu-me uma das suas t-shirts. - Consegues despir as calças? – Desapertei-as e Zayn, com todo o carinho do mundo, despiu-mas e colocou-as ao lado da cama. Instintivamente o meu corpo deitou-se entre os lençóis da cama do moreno e pouco tempo depois adormeci.
As coisas têm estado complicadas, muito complicadas e por isso não tenho dedicado tanto tempo ao blog. Peço-vos desculpa desde já. Esta fase da minha vida está a ser um autêntico pesadelo. Não sei quando conseguirei escrever de novo, por isso estou a pensar eliminar o blog.
O que acham?