Nevão em Fevereiro
Eu não queria ser má, mas tenho de vos informar que fiquei em casa "no quentinho" por causa da neve, logo hoje que tinha teste sobre Os Maias. E vocês, tiveram aulas ou também tiveram sorte?

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Eu não queria ser má, mas tenho de vos informar que fiquei em casa "no quentinho" por causa da neve, logo hoje que tinha teste sobre Os Maias. E vocês, tiveram aulas ou também tiveram sorte?
Quando não se tem aquilo de que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.
Eça de Queirós
O facto de apoiarem várias causas e mostrarem o lado mais humano destes cinco seres fantásticos.
Peço desculpa pela demora mas só foi possível postar e terminar o capítulo no dia de hoje. Não acho que esteja muito bem mas foi dos mais difícies de escrever porque foi apagado uma duas vezes. Peço desculpa se não gostarem, sou a própria a reconhecer que não é dos meus melhores capítulos. Desculpem qualquer cosinha e deixem a vossa opinião.
Três dias depois daquele momento no parque, a vida continuava igual. O fim-de-semana tinha passado a uma velocidade quase imperceptível talvez pelo facto de ter passado a maior parte do tempo rodeada de livros. Tanto eu como Zayn, tínhamos dois testes na semana que se seguia e depois poderíamos finalmente descansar, gozando das merecidas férias pelas quais todos os estudantes anseiam. Todas as noites antes de dormir, recordava os momentos vividos na última quinta-feira, no parque. Recordar aqueles momentos era quase como tomar um chá relaxante, conseguia esquecer as preocupações que invadiam a minha cabeça e depois disso tinha uma noite descansada.
Mary andava estranha, tinha passado os intervalos bastante calada e por mais que eu e Niall nos tentássemos meter com ela, as suas respostas eram curtas e na maior parte das vezes não transmitiam qualquer emoção. Respondia, por responder. Do pouco que conhecia de Mary, foi-me possível verificar que esta estava preocupada com algum assunto. Algum assunto com certa gravidade. Mary não era o tipo de pessoa de se deixar afectar por qualquer coisa… Algo estranho a tinha deixado assim.
(…)
- Boo, a Mary não anda bem. – Eu e Harry caminhávamos em direcção à papelaria local para comprarmos um presente para Rose, que completava naquele dia um bonito número de primaveras.
- Bie, é como te disse, eu não reparei em nada estranho. Achas que é por causa do Niall?
- Não, se fosse isso ela dizia-me. – Constatei. – E se fosse por causa do Niall ela não ficava assim. Além do mais, se a culpa fosse do Niall ela andava a evitar passar os intervalos connosco e não é isso que tem acontecido.
- Pois, és capaz de ter razão … Mas nós temos de arranjar maneira de os juntar, eles adoram-se e só eles é que não percebem que, aquilo que os une é muito mais que amizade. - Estávamos já perto da papelaria quando voltei a virar a cabeça para trás. – Bie, ainda não paraste de olhar para trás … Achas que alguém nos vem a seguir? – Perguntou-me com um certo tom de gozo.
- Não gozes Harry, já te disse que ando com esta sensação desde quinta. – Reclamei um bocado aborrecida por Harry brincar com a situação.
- Olha para mim, - pediu-me colocando as suas mãos à volta do meu rosto – ninguém te anda a seguir. Okay?
- Okay. – respondi, nada convencida, enquanto Harry abria a porta da livraria.
(…)
Depois de termos disfrutado de um belo jantar, recolhemo-nos na sala de estar para distribuir os presentes a Rose.
- Aqui está Rose, não nos mates. É dada com muito carinho e foi comprada pelos três – enquanto falava tentava acalmar Rose pois, como mãe e “tia” preocupada que era não queria que tivéssemos gastado tanto dinheiro naquele mimo – por mim, pelo Zayn e pelo Harry.
- O que é que vocês andaram a fazer? Eu disse que não precisava de nada, meus queridos. – Afirmou Rose enquanto pegava no pesado saco que lhe tinha dado para as mãos. - Eu não acredito...
- Nós sabíamos que andavas de olho nessa colecção de livros de culinárias desde que eles chegaram à papelaria … - afirmou Zayn.
- Juntamo-nos todos e demos-te este mimo, tia. Não precisas de agradecer com palavras, se me fizeres um bolo de bolacha igual ao que vem aí na capa é um agradecimento mais do que suficiente. – Finalizou Harry, bastante divertido.
- Cala-te “páh”, só pensas no bolo de bolacha da minha mãe – embirrou o moreno – depois admira-te se começares a rebolar em vez de correr.
Antes que Harry se pudesse defender, a campainha tocou.
- Vá meninos, parem lá com a discussão por meia dúzia de ovos, parece que temos visitas. – Foi a voz do homem da casa que soou enquanto o mesmo se levantava para abrir a porta ao visitante.
- Deixa estar Charles, eu vou. – Ofereci-me visto estar mais perto da porta.
Encaminhei-me a passos ritmados até à porta de entrada, estava nervosa e não percebia o porquê de estar a sentir aquelas borboletas na barriga. Assim que abri a porta e acender a luz da entrada percebi. Diante de mim, encontrava-se uma rapariga com cabelo loiro – talvez um tom mais claro que o meu – pelos ombros, um sorriso perfeito banhava-lhe os lábios. Antes que ela disse-se alguma coisa, o meu interior dizia-me quem era aquela figura feminina.
-Olá, eu sou a Kate… - a sua mão direita encontrava-se pendente à minha frente à espera que eu fizesse o mesmo.
-Colbie. – Murmurei depois de engolir em seco e levei a minha mão em direcção à sua. Agora que reparava nos olhos de Kate, percebia o porque de toda a gente a achar parecida comigo. Não tenho a certeza do tempo que ficamos a olhar uma para a outra, a mirar os detalhes de cada rosto, porém e como se obra do destino se tratasse foi Zayn quem apareceu para ver o motivo de tanta demora.
- Colbie, quem é que nos veio … - a frase ficou-lhe presa na garganta. Os olhos avelã do moreno deixaram de transmitir harmonia para transparecerem saudade e surpresa. Afastei-me um pouco da porta para que ambos tivessem a certeza do que estavam a ver, talvez não o devesse ter feito mas naquele momento pareceu-me o mais acertado. Mirei uma vez mais Kate, os olhos dela possuíam uma fina camada de água. Zayn, tinha lágrimas a banhar-lhe o rosto. Era a primeira vez que o via chorar, e mesmo que fosse de felicidade, vê-lo naquele estado partia-me o coração. – Kate… és mesmo tu?
A rapariga loira limitou-se a acenar com a cabeça, e segundos depois Zayn abraçava-a, enquanto eu assistia sem saber ainda que aquela reaproximação não seria benéfica para todos.
Não tive tempo para rever, se encontrarem algum erro avisem.