Eu tinha de dar os meus parabéns e mostrar todo o orgulho que tenho neste menino. Eu sempre disse que ias ser o próximo vencedor e ídolo de Portugal. Que Londres te brinde com coisas fantásticas e que dentro em breve nos dês tu, um miminho: um single teu e consequentemente um albúm fantástico.
A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos foi sem dúvida alguma arrebatadora, do ínicio ao fim. Foi muito bem conseguida, muito bem pensada e fiquei notoriamente satisfeita quando ouvi e vi a J.K.R a ler Peter Pan bem como o senhor "Mr.Bean" apareceu e deu um show. Aqui está a prova que tocando apenas uma nota se pode ser um músico de renome :)
Esperemos que os nossos portugueses que se encontram em Londres nos dêem alguma alegria (acho difícil), hoje o dia não nos correu de feição na Natação .
Acho que nunca divulguei o meu twitter por aqui, por isso quem tiver e quiser seguir-me está à vontade. Se possível falem comigo por lá - aquilo é uma seca quando ninguém nos responde ou assim.
Não tivesse eu acabado de ler "Os Maias" e a Rádio Comercial brindar-me com uma Mixórdia de Temáticas sobre os mesmos. Fica aqui o aviso: os resumos do Senhor Américo são os melhores que vão encontrar na internet toda.
Hoje deu-me imensa vontade de escrever, e por isso aqui vos deixo outro capítulo. Este é dos grandes e até eu estou surpreendida com o tamanho do mesmo. Espero que gostem, e se possível comentem.
Depois de uma vitória algo confortável a equipa da escola apurou-se para as regionais e como era de esperar, a festa foi enorme. Um rapaz bastante alto e de cabelo ruivo que eu apenas conhecia de vista acabou por vencer o prémio de melhor exibição mas, este por sua vez resolveu dá-lo a Harry – que tinha marcado a maioria dos cestos. Tinha ficado combinado na noite anterior que, independentemente do resultado do jogo, Harry iria jantar lá a casa e por esse mesmo motivo eu, Niall e Mary ficamos à espera que as “duas estrelas” se despachassem. Várias pessoas abandonavam o recinto escolar e eu limitava-me a segui-las com o olhar e sorrir para aquelas que conhecia. Niall e Mary conversavam animadamente entre si, e por mais que tentassem disfarçar, de cada vez que um deles sorria o olhar do outro brilhava.
- Então meninos, não dão os parabéns aqui aos jogadores pela excelente vitória conseguida? – Harry vinha bem-disposto e com um sorriso contagiante no rosto.
- Aleluia, estava a ver que tinha de entrar pelo balneário e arrancar-vos de lá por uma orelha. – Mary era bastante impaciente, pensando bem, eles não tinham demorado assim tanto tempo.
- Arriscavas-te a ver metade da equipa a tomar banho e outros tantos em toalha mas tu lá sabes quais são as tuas necessidades. – Gozou Harry, mexendo no seu cabelo chocolate ainda molhado.
- Ali o Niall é que era capaz de não achar muita piada… - Zayn tinha chegado ao pé dos nós ao mesmo tempo que Harry e foi dificil controlar o desejo que sentia de lhe segurar a mão e beijá-lo ali mesmo, sem me importar com os restantes alunos que passavam, em forma de congratulação pelo jogo excelente que fez. Em vez disso, limitei-me a dar-lhe uma cotovelada depois de ouvir a provocação que o moreno tinha feito em relação ao loirinho do grupo.
- E se fôssemos andando para casa? Já está a ficar tarde meninos … - interrompi tentando salvar Mary de ficar ainda mais “encavacada” do que já se encontrava.
Assim fizemos, Mary e eu seguimos um pouco na frente dos rapazes que vinham a discutir entre si de forma animada, fazendo uma espécie de rescaldo do jogo. Eu tinha de arranjar maneira de juntar Mary e Niall, ou pelo menos, de os fazer perceber que o que sintam um pelo outro era correspondido. Nem era tarde nem era cedo, aproveitando o facto de Harry jantar lá em casa iria abordar o assunto com os rapazes. Afinal de contas, eles conheciam Mary e Niall há mais tempo que eu logo, seria mais fácil para eles terem uma ideia. Mary foi a primeira a deixar o grupo e depois de se despedir de cada um de nós com dois beijinhos entrou em casa. Seguiu-se Niall e passados poucos minutos, tanto eu como Harry e Zayn estávamos a entrar em casa para jantar.
Pousei a mala castanha no hall de entrada e depois de pendurar o casaco segui, sozinha, em direcção à cozinha. Á medida que me aproximava daquela divisão um cheiro maravilhoso percorreu o ar até ser perceptível às minhas narinas. Rosalie tinha de facto umas mãos de oiro para a cozinha. Encostei-me à ombreira da porta observando-a a cumprir os passos que ela tão bem conhecia para confeccionar uma refeição digna de um banquete real. Não me era possível expressar em palavras toda a gratidão que nutria tanto por Rose como por Charles. O simples facto de terem procurado um adolescente para adoptar aumentava a minha consideração por eles mas, o que realmente me fazia nutrir todo aquele sentimento, era o facto de desde o primeiro minuto em que a minha presença se fizera sentir no aconchego do seu lar eu fazia parte da família. Não era uma estranha, não era deixada de parte. E isso tornava tudo mais fácil. Estava com eles há pouco mais de dois meses e sentia-me bem dentro daquele núcleo, sentia-me como se aquele lugar me tivesse pertencido.
- Oh querida, - aquele tom doce e maternal viajou até aos meus ouvidos assim que os olhos de Rose notaram a minha presença – não dei por vocês entrarem. Como é que correu o jogo?
- Muito bem, passamos às regionais. – Clamei com satisfação na voz. – O Zayn jogou muito bem e o Harry foi o melhor marcador em campo.
- Ainda bem que correu tudo bem. Vieste sozinha? – Eu e Rose mantínhamos a conversa há medida que ambas nos passeávamos pela cozinha, enquanto ela ultimava os preparativos para o jantar eu começava a preparar a loiça para depois a transportar para a sala de jantar.
- Não, eles vieram comigo mas “fisgaram-se” para a sala e eu vim ter contigo. – Expliquei, e depois de Rose me dizer que os ias felicitar pela vitória segui para a sala de jantar para colocar a mesa.
Enquanto colocava o último copo no seu devido lugar, umas mãos familiares caíram nos meus ombros. Ao rodar sobre o meu próprio corpo dei de caras com Zayn. Este não esperou muito mais até unir os seus lábios aos meus, e mais uma vez nada mais importou. Só despertei para a realidade quando nos separamos e me apercebi que não estávamos sozinhos em casa.
- Tu és doido, e se a Rose nos visse?
- Ela ficou a falar com o Harry e ele sabe muito bem que quando disse que te vinha ajudar, não era bem isso que eu tinha em mente. – Sorri perante o à-vontade que o moreno demonstrou. – Ainda não me tinhas dado o meu beijinho de parabéns…
- Não foste o melhor jogador, por isso achei que não merecesses … - Brinquei.
- Ai é? Então porque é que não vais ter com o Hazza para lhe dar o “beijinho de parabéns” – a voz de Zayn saiu carregada de ironia e com um tom ciumento, que me derreteu o coração.
- Porque eu prefiro milhões de vezes mais, um moreno de cabelo desalinhado ciumento a um rapaz de olhos verdes e de cachos castanhos.
- Eu não estou ciumento… - foi a única frase proferida antes de voltarmos a unir os nossos lábios.
(…)
O jantar ia já a meio quando a campainha tocou. Rose foi interrompida por Charles, assim que iniciava o movimento para se levantar e se dirigir até à porta, e foi o homem da casa quem abriu a porta. Harry e Zayn conversavam alegremente com Rose mas algo me dizia que a pessoa que tinha tocado à campainha iria trazer problemas.
- Quem era, pai? – Assim que Charles se aproximou da entrada, Zayn não conteve a sua curiosidade.
- Colbie, é para ti. – Mostrei-me surpresa pois não costumava receber pessoas sem as ter convidado. – É o Daniel Steves, ele não quis entrar disse que era rápido e que não valia a pena.
Assim que o nome de Danny soou da boca de Charles, o meu estômago revirou-se. O meu olhar recaiu sobre Zayn e depois sobre Harry. Zayn tinha largado os talheres e mantinha a cabeça baixa enquanto Harry tinha os olhos esbugalhados. A custo, consegui proferir: - Com licença, eu volto já!
Aproximei-me um pouco receosa da porta, a sua visita não manifestava nada de bom. Pelo menos, era isso que eu sentia. Assim que abri um pouco mais a porta de entrada, vi-o. Danny envergava uma camisa axadrezada de tons claros e umas calças de ganga escura. O cabelo apresentava o seu penteado habitual com um pouco de gel.
- Boa noite, Colbie! – A voz dele saiu de forma natural.
- Boa noite, Danny. Passa-se alguma coisa? – Quanto mais depressa eu soubesse o motivo da sua vinda, mais depressa ele se iria embora e mais rapidamente voltava para junto de Zayn e dos restantes.
- Escusas de estar tão nervosa, o que eu tenho para te dizer é muito simples e resume-se a duas palavras: Eu. Sei. – Disse-me pausadamente as suas duas últimas palavras.
- Hãn? Sabes? Mas sabes o quê, Daniel? – A minha voz transparecia uma preocupação notória.
- Sei que andas envolvida com o Zayn e sei que dentro de um mês podes ser adoptada… ou não. Agora diz-me, a Rosalie e o Charles aceitam a essa vossa relação amorosa? Ou para eles, vocês fazem o teatro de irmãozinhos? – Naquele momento foi como o meu mundo inteiro desabasse.
Ele sabia. Ele sabia e isso não significava nada de bom. – Deviam ter mais cuidado com os sítios que escolhem para estarem juntos.
- Danny sai daqui... Já disseste o que tinhas a dizer, agora por favor eu quero continuar o que estava a fazer. – As minhas palavras saíram um tanto ou quanto atrapalhadas, mas tinha a firme certeza que tinha sido clara.
- Não vale a pena estares assim, Colbie. Eu não faço intenções de espalhar isto pela cidade inteira mas, posso usar isto a meu favor quando mais precisar. – Fechei os olhos à medida que ouvia a sua voz. – Não te devias preocupar comigo, durante as próximas semanas serei o menor dos teus problemas. Adeus Colbie, continuação de bom jantar.
Fechei a porta e encostei-me à mesma. Respirei fundo repetidamente, tentando acalmar-me para voltar à sala de jantar nas melhores condições. Quando me senti minimamente preparada, voltei a ocupar o lugar na mesa de jantar. A cabeça de Zayn mantinha-se na mesma posição que se encontrava quando abandonei a sala de jantar mas, os talheres voltavam ocupar as suas mãos. Harry olhou-me de maneira preocupada mas esforçou-se para manter a conversa.
- O que é que ele queria, querida? – Foi a voz de Rose que perguntou o que, todos ou quase todos, desejavam saber.
- Entregar um recado que a prima dele me queria dar por causa de um trabalho. – Odiava mentir, principalmente a Rose e a Charles mas aquela tinha sido a melhor desculpa que podia ter encontrado.
O jantar terminou cerca de meia hora depois, e durante o que restou do mesmo a minha voz não preencheu o ar muitas vezes. Harry esforçava-se para que Zayn não desse “bandeira” e descrevia alguns momentos do jogo pedindo sempre a sua colaboração.
(…)
- Adeus tia, obrigada pelo jantar. Estava delicioso como sempre, e obrigada por ter feito o bolo de bolacha. – Harry despedia-se de Rose e Charles, agradecendo-lhe todo o carinho. – Adeus tio, e já sabe tem de ir ver o nosso próximo jogo.
- Oh meu querido, desde criança que aquele bolo é o teu favorito e não me custa nada dar-te uns mimos de vez em quando. – Respondeu-lhe Rose.
(…)
Com alguma insistência da minha parte, acabei por lavar a loiça do jantar. Rosalie bem tentou insistir dizendo que era muita e que era melhor coloca-la na máquina de lavar. Não aceitei e pouco tempo depois, Rose e Charles dirigiram-se para o seu quarto. Lavar e limpar a loiça mantinha a minha cabeça ocupada, caso não o fizesse o mais provável era desabar completamente. Zayn assim que o jantar terminou, com a desculpa que estava descansado por causa do jogo, dirigiu-se para o quarto.
Eram duas da manhã quando acabei de arrumar a loiça nos armários e me dirigi escadas acima para o meu quarto. Assim que acabei de vestir o pijama sentei-me na cama e passei as mãos pela cara. Aquilo não me estava a acontecer. Eu precisava de saber se Zayn estava magoado comigo. Tinha de lhe explicar que não tivera outra alternativa a não ser falar com Danny, pois Rose e Charles não sabiam que ele era o responsável pelo passado sofrimento do filho. Assim que senti as lágrimas a marejarem-me os meus olhos, abandonei o quarto e segui até ao de Zayn. Bati levemente à porta e a sua voz rouca deu-me permissão para entrar. Reparei que a cama ainda não tinha sido desfeita e o tapete do quarto estava totalmente desalinhado – sinal que, desde que chegara ao quarto, Zayn tinha andando de um lado para o outro. Assim que os olhos avelã de Zayn encararam os meus olhos verdes, senti pequenas gotas de água brotarem dos mesmos e percorrem o meu rosto. Em menos de nada, o meu corpo era apertado carinhosamente pelos braços de Zayn. Uma das mãos continuava a exercer força sobre as minhas costas enquanto outra afagava os meus cabelos. Assim que todo o meu corpo parou de tremer e que as lágrimas cessaram, Zayn pegou-me na mão e deitou-se sob a cama. Aconcheguei-me no seu peito desnudo, e mais uma vez o moreno para me acalmar mexeu-me cabelo. Deixamo-nos estar assim durante algum tempo, até que ele tomou coragem e perguntou:
- O que é que ele queria?
- Ele sabe de nós, Zayn. Ele sabe… - assim que proferi estas palavras, o choro voltou.
Há exatamente dois anos atrás, nesta precisa hora em que o post está a ser publicado formava-se uma das minhas bandas favoritas: One Direction. É óptimo acompanhar os vossos sucessos, as vossas brincadeiras e o vosso dia-a-dia. São a prova que em dois anos é possível a concretização de muitos sonhos, é possível criar uma amizade que vos unirá para sempre. A única palavra que tenho para eles é : ORGULHO!
E hoje, parece que a palavra do dia é orgulho. O Diogo ontem foi absolutamente perfeito, para mim foi a melhor gala dele e a minha atuação preferida foi a Chaga dos Ornatos Violeta. Para mim, independentemente do resultado do próximo domingo ele é o VENCEDOR!
Novo capítulo, não está nada de especial mas espero que gostem. Obrigada!
- Mas Niall está na cara que tu gostas dela … - Tentava elucidar Niall para o facto de toda a gente ter percebido que ele gostava de Mary, mas as minhas tentativas tinham saído quase todas furadas.
- Agora percebo porque é que tu e o Zayn se dão tão bem … ambos são chatos, teimosos e como se não bastasse têm as mesmas ideias erradas na cabeça. – Niall, à medida que caminhava ia enumerando todas as características comuns que encontrava entre mim e Zayn. – Por falar nele, as coisas entre vocês estão bem?
- Sim loirinho, estão cada vez melhor … - Foi impossível não sorrir.
- Oh minha Colbie linda, - o braço direito de Niall envolveu os meus ombros e juntou o meu corpo ao dele num gesto amigável – gosto tanto de te ver com esse sorriso. Notasse a milhas que vocês gostam imenso um do outro, é bom voltar a ver o “antigo Zayn”.
- Esperemos que tudo continue assim, Niall. A cada dia que passa o Zayn mostra-me um lado novo dele, um lado que me faz gostar ainda mais da pessoa que ele é.
- Isso é porque tu estás apaixonada pelo Zayn, e não lhe vês defeitos… É bom estar assim.
- Não é por gostar mais ou menos que eu deixo de ver os defeitos das pessoas, o Zayn continua a ser: um teimoso, mal-humorado pela manhã, rabugento quando está com sono ou mais bêbedo que o normal… - O facto de estar apaixonada por Zayn não me impedia de reconhecer os seus defeito mas, pensando melhor assunto, eram esses mesmos defeitos que o tornavam único.
- Sim, ele é a pessoa mais rabugenta que conheço quando está com sono. – Niall sorriu depois de confirmar as minhas suspeitas. – Têm conseguido estar juntos em casa?
- Quando chegamos da escola temos algum tempo porque a Rosalie e o Charles ainda estão no trabalho mas depois disso só a meio da noite quando ele foge para o meu quarto ou eu para o dele. – Sorri ao relembrar uma das madrugadas em que Zayn quase ia sendo apanhado. – Hey, eu conheço essa cara menino Niall. Nós apenas dormimos, não fazemos nada que essa cabecinha perversa possa imaginar.
- Eu não disse nada, – Os braços de Niall ergueram-se no ar manifestando um ar de inocente – agora vamos que o jogo de basket está quase a começar e o Zayn se não te vê antes do jogo ainda fica marado.
- Cala-te óh, - o meu punho viajou até ao antebraço de Niall dando-lhe um murro nada violento – tu não queres é deixar a Mary muito tempo à espera.
Seguimos entre brincadeiras até ao pavilhão desportivo da escola, local onde se ia realizar o terceiro encontro de basquetebol da época escolar. Uma vitória garantia a passagem às regionais e tudo parecia indicar para um jogo dificil mas a escola toda depositava bastante confiança nos meninos que a representavam. O pavilhão estava quase repleto e foi difícil encontrar Mary no meio da multidão, mas assim que avistamos a rapariga de cabelos negros o sorriso de Niall rasgou-se totalmente.
- Hey Mary, - cumprimentei-a com um beijo na bochecha e ocupei o lugar que esta me tinha reservado – chegamos muito atrasados?
- Não, eles devem estar aí a aparecer para fazer o aquecimento … A outra equipa acabou agora mesmo de recolher aos balneários. – Assim que Mary terminou a sua explicação, Niall brindou-a com um pequeno e carinhoso beijo na testa e a rapariga que se encontrava do meu lado não conseguiu disfarçar o embaraço que sentiu pois o tom da sua face tornou-se rosada.
Tal como Mary previra, Zayn, Harry e a restante equipa ocuparam o campo poucos minutos depois, sendo recebidos com uma enorme maré de aplausos e muitos gritos de incentivo. Às ordens do treinador os elementos da equipa agruparam-se dois a dois e deram três voltas ao campo, durante as mesmas os olhos de Zayn percorreram as bancadas. Vários exercícios de aquecimento se seguiram e o primeiro a descobrir onde estávamos foi Harry. Harry sorriu-nos e depois de ajeitar os caracóis rebeldes acenou-nos, retribuímos-lhe a simpatia e segundos depois vimos Zayn depositar um calduço no amigo. Ao soar do apito a equipa recolheu, ao som de aplausos, aos balneários. Minutos depois o meu telemóvel vibrou, avisando-me que Zayn tinha mandado uma mensagem: “ Anda ter comigo atrás do pavilhão. Preciso de um beijinho de boa sorte. Adoro-te. Zayn”. Desocupei o meu lugar assim que acabei de ler a sua mensagem e a voz de Mary interrompeu-me os movimentos:
- Oh jeitosa, onde pensas que vais? – Tinha quase a certeza que Mary sabia para onde me dirigia.
Resolvi “picá-la”: - Eu já volto, pombinhos. Isto de fazer de vela tem que se lhe diga.
(…)
O equipamento azul-escuro tornava o corpo moreno de Zayn ainda mais esbelto e assim que os seus olhos castanhos encontraram os meus pude presenciar aquilo que mais desejava, um sorriso da sua parte. Caminhei a passos largos até ao seu encontro e assim que os nossos corpos estavam suficientemente perto as suas mãos apertaram-me contra si. O facto de Zayn ser mais alto que eu deixava-me em desvantagem mas tornava a situação mais carinhosa. Não foi preciso muito para que os nossos lábios se tocassem e as nossas línguas entrassem numa brincadeira.
- Já tinha saudades tuas. – Confidenciou-me enquanto uma das suas mãos enrolava um dos meus caracóis.
- Eu também tinha saudades tuas, - senti uma espécie de borboletas a invadir o meu estômago enquanto os meus braços ladeavam o corpo de Zayn, aproximando-o do meu. – A que horas é que é o jogo?
- Temos de entrar em campo às três e meia, mas o mister ainda quer falar connosco no balneário. – Esclareceu-me.
Olhei para o relógio que envergava no pulso e ao constatar que eram três e vinte e três, fiquei um pouco assustada: - Zayn tu não devias estar aqui, o vosso treinador já deve andar à tua procura para reunir a equipa e …
Fui interrompida pelos lábios carnudos que tão bem conhecia e que tão bem se sincronizavam com os meus, depois do beijo a voz rouca de Zayn fez-se ouvir: - Calma amor, o Harry ficou de lhe dizer que eu vinha entregar a folha dos jogadores ao mister da outra equipa. Está tudo controlado. – Depois de falar e de me sorrir os seus lábios voltaram ao único sítio onde encaixavam perfeitamente, aos meus.
- Zayn tem de ser, tens mesmo de i r... – Lamentei-me contra os seus lábios.
- Eu sei, - bufou um pouco frustrado à medida que os nossos corpos se voltavam a separar e nos encaminhávamos para a parte lateral do edifício desportivo, local onde se situavam a porta de entrada das equipas para os respectivos balneários e as escadas de acesso às bancadas – todos os cestos que marcar são para ti.
- Diz-me algo que eu não soubesse, óh .
- Olha a menina Colbie a tornar-se convencida. – O tom de gozo foi notório na sua voz.
- Até posso ser convencida mas, sou a tua convencida. – Dei entoação à palavra que me tornava “propriedade” de Zayn, e vi-o sorrir e voltar a abraçar-me.
- Tenho de ir … - Com um beijo curto e carinhoso nos lábios Zayn despediu-se e seguiu para a porta dos balneários, fiquei o tempo suficiente para o ver entrar e quando subi os primeiros dois degraus em direcção à porta das bancadas, voltei a ouvir a sua voz entoar o meu nome. Voltei ao seu encontro e sem demoras as nossas bocas encaixaram como se fossem uma só. Foi, talvez, o beijo mais apaixonado que ambos tínhamos trocado. – Este sim, foi o meu beijo de boa sorte.
- Zayn, despacha-te óh anormal … Se demorares mais dois segundos o mister tem algum ataque. – Harry apareceu à porta dos balneários tentando transparecer uma voz furiosa para com Zayn.
- Boa sorte, príncipe. – Sussurrei para Zayn e este depois de me sorrir foi ao encontro de Harry, consegui ainda gritar: - Boa sorte, Boo.
- Obrigada ‘Bie. – gritou Harry entrando novamente nos balneários, a correr, seguido de Zayn.
Voltei ao meu lugar bastante animada, quando me sentei as equipas entraram em campo. Zayn e Harry jogavam de início, o que me deixou bastante satisfeita. Durante todo o jogo, mantive um sorriso estampado na cara. Mal eu sabia que, os minutos que eu e Zayn tínhamos partilhado atrás daquele pavilhão não tinham sido, única e exclusivamente vividos por nós…
Obrigada por todos os comentários recebidos na primeira parte. Espero que gostem ainda mais desta última metade. Gostam deste tipo de histórias? Como sabem, já realizei uma one-shot com o Louis e esta double é com o Harry. Não sei se faço mais alguma com outro membro dos One Direction. Sem mais demoras, deixo-vos a segunda metade. Espero que gostem.
Na parte anterior:
No preciso momento em que a porta de entrada se fechou e o novo cliente deu dois passos, Megan embateu contra o mesmo, acabando sentada no chão. Joanne, automaticamente pulou do banco em que estava sentada e dirigiu-se a passo apressado ao encontro da irmã.
O Rapaz da Porta ao Lado - Parte 2
- “Decupa” Harry, eu não te vi. – Pediu Megan ao mesmo tempo que o rapaz à sua frente a colocava novamente em pé, ajeitando-lhe o vestido.
- Não tem mal, pequenina. Eu também não te vi mas, aleijei-te? – Tudo o que Harry menos queria era ter provocado algum dano na menina que costumava brincar na casa em frente à sua.
- Não, eu ‘tou …
- Megan, óh Megan estás bem? Aleijas-te, meu amor? Quantas vezes já te disseram para não andares a correr feita maluca aqui na loja? Hum? – Joanne aproximou-se da irmã e do desconhecido contra quem ela tinha batido.
- “Shim” mana, eu estou bem. O Harry ajudou-me a levantar. – Joanne olhou, finalmente para a pessoa contra quem Megan tinha batido. Era um rapaz, por sinal chamava-se Harry e Megan conhecia-o. Pela primeira vez, Joanne olhou Harry nos olhos e pode ser dito que se perdeu nos mesmos. Eram incrivelmente bonitos, de um verde-esmeralda que nunca tinha visto. O rapaz que se encontrava à sua frente possuía um rosto bonito, e os cabelos castanhos levemente encaracolados quase à frente dos olhos funcionavam como uma moldura perfeita para um quadro de igual qualidade.
- Oh … - foi a única coisa que Joanne conseguiu dizer depois de ver Harry sorrir-lhe e, finalmente conseguir parar de encará-lo – E já pediste desculpa ao Harry?
- “Shim”, não já pedi Harry? – Perguntou a menina, pedindo indirectamente que Harry confirmasse o que tinha acontecido e tentando trazer novamente a atenção do rapaz para si, visto que este agora encarava Joanne.
Harry tinha ficado espantado, se Megan era sua vizinha e a rapariga que viera ao seu encontro era sua irmã então também eram vizinhos. Como era possível nunca se terem encontrado antes? Na pior das hipóteses, já se tinham encontrado e Harry não tinha reparado naquela rapariga. Não, não era possível. Harry reparava sempre, especialmente em raparigas bonitas.
- Pediste sim senhora, - confirmou Harry brindando a pequena com um sorriso – mas a tua irmã – Harry colocou-se de cócoras e em tom baixo perguntou a Megan o nome da irmã e depois de receber a sua resposta voltou à posição original, olhando Joanne – Joanne tem razão, não devias correr aqui na loja. Imagina que não era eu que entrava naquele momento, podias-te ter aleijado a sério. Prometes ao Harry e à tua irmã que não voltas a correr na loja?
- Está prometido. – Megan olhou mais uma vez para os dois adolescentes que se encontravam ao seu lado e num ato espontâneo foi ao encontro de William, deixando-os sozinhos.
- Desculpa esta situação toda, a minha irmã é uma distraída e devia ter tomado mais cuidado. – Desculpou-se Joanne um pouco envergonhada pois Harry continuava a observá-la.
- Não tem problema nenhum, não te preocupes. – As mãos de Harry encontravam-se agora no bolso dos calções azuis e brancos que envergava.
- Desculpa perguntar-te isto mas, de onde conheces a minha irmã?
Harry sorriu ao notar a preocupação de Joanne: - Ao que parece, nós somos vizinhos. No dia em que chegamos a Megan e a tua mãe foram lá a casa entregar um cabaz de boas vindas e apresentarem-se.
- Oh … então tu és o filho dos meus novos vizinhos. – Concluiu.
- É, parece que sim – os dois jovens sorriram um para o outro – bem, não sei se já conheces mas aquele ali – Harry apontou para o homem que Joanne tinha identificado anteriormente como o seu vizinho – é o meu padrasto e também um dos teus novos vizinhos.
- Sim, acho que dos novos vizinhos eras o único que não conhecia.
- Costumam dizer que o melhor vem sempre no fim. – Harry sorriu, e Joanne gostou do modo um tanto irónico e convencido que Harry tinha utilizado. – O meu padrasto está a chamar, espero ver-te em breve Joanne.
- Eu também, Harry. – Harry sorriu uma vez mais e sentou-se ao lado do padrasto.
Joanne seguiu o seu caminho até ao balcão onde já tinha a sua garrafa de água, verteu o conteúdo para um copo com gelo e calmamente ingeriu o aquele líquido refrescante. Rose aproximou-se de Joanne e estiveram algum tempo a conversar, por vezes, Joanne apanhava Harry a olhar para si e sorria-lhe. A rapariga também não era inocente e, Harry também notou que era observado várias vezes.
- Bem Rose, acho que está na hora de eu e a Megan irmos embora. – Joanne pegou na sua carteira e retirou duas moedas para pagar a água, entregando-as à dona da loja. Megan chegou nesse mesmo instante perto de Joanne, e despediu-se de Rose dando-lhe um beijo delicado na bochecha. – Adeus Rose.
- Adeus meninas.
Joanne abriu a porta e cedeu passagem a Megan que ia toda contente com um saco recheado de gomas nas mãos. Antes de sair do estabelecimento e colocar os seus óculos de sol na cara, Joanne lançou um último olhar a uma mesa em específico. O rapaz dos cabelos encaracolados sorriu-lhe, um sorriso diferente de todos os outros que tinham trocado naquela tarde, um sorriso mais aberto – talvez por perceber que Joanne o tinha procurado uma última vez.
Joanne e Megan caminharam até casa envolvidas num silêncio pouco constrangedor, apenas interrompido pelo barulho provocado pelas mãos de Megan a embater contra o saco de plástico que transportavam as gomas. Joanne vinha com a cabeça longe, no seu novo vizinho.
- Queres uma goma, mana?
- Não princesa, come tu. A mana não está com muita vontade de gomas.
- Gostaste do meu amigo Harry? – Porque é que Megan não tinha continuado aquele silêncio, porquê? – Eu acho que gostaste, e ele também gostou muito de ti.
- Ai sim? E como é que tu sabes, minha espertalhona? – Joanne levou o dedo indicador ao narizinho da sua irmã ao mesmo tempo que falava.
- Antes de ir ter contigo para virmos embora, passei pela mesa do Harry e sabes o que ele me disse? – Megan não deixou que Joanne lhe respondesse, não era essa a sua intenção. – Disse-me que já sabia porque é que eu era tão bonita, porque saía à minha irmã mais velha.
Joanne nada disse, o facto de Harry a ter achado bonita tinha despertado em si sensações novas. O seu estômago parecia ter diminuído de tamanho, e tinha-se formado um nó na sua garganta que não permitia que Joanne falasse. A rapariga de cabelos negros apenas sorriu. Talvez nos próximos dias fizesse uma visita aos novos vizinhos, aproveitando para se apresentar em condições… e ver o rapaz da porta ao lado.
Se quiserem ouvir com esta música, estão à vontade.
Joanne trazia a irmã mais nova pela mão, que teimava a caminhar a passo lento pois o calor abrasador que se fazia sentir na cidade não ajudava muito à preguiça de Megan. Os seus pais não se encontravam em casa, estavam a fazer mais um dos enormes turnos diários no Hospital Central, o que tornava Joanne responsável pela sua adorável pequena.
- Megan, tenta andar só um bocadinho mais rápido estamos quase a chegar a casa. - Reclamou Joanne pela segunda vez.
- Já disseste isso – antes de continuar, Megan consultou o seu relógio cor-de-rosa que envergava no pulso – à cinco minutos atrás e a verdade é que nunca mais chegamos. Ainda falta muito?
- Quem te ouvir vai pensar que não sabes a casa onde moras, Megan. Vês a loja de gomas da senhora Rose, – Joanne esticou o braço e com o indicador apontou para uma loja rústica que as irmãs tão bem conheciam – só temos de atravessar a rua e estamos em casa.
- Podemos passar para dar um beijinho à senhora Rose? – Megan queria mais do que um beijinho, disso Joanne não duvidava.
- Sim, cumprimentamos a senhora Rose e compramos uma garrafa de água – disse-lhe a irmã mais velha, aproveitando para acelerar o passo e prender a mão da irmã contra a sua – deves estar com sede, amor.
A pequena confirmou a suspeita da irmã e rapidamente bradou: - Eu tenho aqui dinheiro que a mãe deu por isso tu compras a água e eu gominhas para as duas. “Shim? “
- Sim meu anjo, como tu quiseres. – Não custava nada fazer a irmã feliz.
Não demoraram nada a chegar à loja de gomas, Megan tinha acelerado o passo e tudo se tornou mais fácil. Quando entraram na loja um vento agradável chegou à cara de Joanne, como era reconfortante estar num estabelecimento com ar condicionado. Megan soltou a mão da irmã mais velha e correu desenfreadamente entre os clientes até chegar a Rose, a dona da loja.
Por sua vez, Joanne retirou os óculos de sol que protegiam os seus olhos negros da radiação solar intensa e aproveitou para dar um jeito na sua trança, que prendia o seu cabelo escuro. A loja estava cheia, várias pessoas estavam ao balcão pois mesas disponíveis não havia e quase todas elas se encontravam com latas de refrigerantes vazias, garrafas de água no mesmo estado e copos com gelo quase líquido. Uma senhora abandonou a loja, o que permitiu a Joane ocupar o seu lugar perto do balcão sendo de imediato atendida pelo marido de Rose, William.
- Boa tarde, minha querida. Está um calor insuportável não está? – Cumprimentou-a o senhor de bigodes afáveis.
- Está mesmo senhor William, mal se pode andar na rua. – Constatou Joanne, sorrindo.
- E a sua pequena? Já tenho saudades dela e ainda ontem cá esteve com o seu pai. – William e Rose acarinhavam bastante Megan, considerando-a a neta que nunca tiveram.
- Mal entrou na loja correu logo para os braços da sua senhora, agora das duas, uma: ou está de volta das gomas a escolher o enorme saco que vai levar para casa, ou está metida na cozinha.
William limitou-se a sorrir percebendo de imediato que Joanne tinha razão: - Aquela garota é um mimo e é tão bonita. Imagino a quantidade de rapazes que andam atrás dela no infantário.
- É um namorado novo todos os dias, enfim … crianças.
- O que importa é que é uma menina saudável e cheia de alegria. Com isto tudo nem lhe perguntei, o que vai tomar?
- Uma garrafa de água fresca, senhor William.
- Pequena ou média?
- Média, se faz o favor.
- Sem favor, menina, sem favor. – E sorrindo, retirou-se para ir buscar o pedido de Joane.
Joane deu uma vista de olhos pela loja, na maioria eram pessoas adultas e alguns adolescentes que a preenchiam naquele dia típico de Verão. Ter saído numa das horas de calor com Megan não fora uma boa ideia, mas tanto ela como a irmã estavam saturadas de estar fechadas em casa. Tinham ficado cerca de dez minutos no parque da cidade, eram poucas as crianças que lá estavam o que tinha aborrecido Megan. Agora que reparava bem nas pessoas que se encontravam na loja, reconheceu o seu novo vizinho. Conhecia-o apenas de vista, pois no dia em que ele e a família chegaram, Joanne não estava em casa e por isso não foi fazer a “típica” recepção: oferecer um cabaz de boas-vindas e apresentar-se. Sabia que era casado com uma senhora de nome Anne e ambos tinham um filho, da mesma idade que Joanne. Não o conhecia, nunca foram apresentados e por estranho que parecesse nunca lhe tinha posto “a vista em cima”. O riso da sua pequena irrompeu no ar e logo atrás dela, saída da cozinha, vinha Rose também a sorrir. Enquanto Rose se dirigiu para o balcão para receber alguns pagamentos e entregar dois pedidos, Megan deu a volta e corria em direcção à irmã mais velha. No preciso momento em que a porta de entrada se fechou e o novo cliente deu dois passos, Megan embateu contra o mesmo, acabando sentada no chão. Joanne, automaticamente pulou do banco em que estava sentada e dirigiu-se a passo apressado ao encontro da irmã.
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