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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Qua | 22.02.12

O primeiro de muitos.

Eu tenho bastante orgulho neles, e não não é só pelo simples facto de eles serem todos lindos. Se ajuda?! Claro que ajuda, mas isso não me impede de afirmar aos sete ventos e de poder confirmar que sempre os acompanhei desde o ínicio, muito antes de eles lançarem o cd e muito antes de chegarem onde chegaram.

Admiro-os, admiro-os pela simplicidade e pela amizade que nutrem uns pelos outros. São mais do que irmãos, amam-se e isso nota-se.

Ontem, os meus cinco meninos ganharam o primeiro grande prémio da carreira deles.

 

Orgulho muito orgulho! Estes cinco meninos foram os primeiros a derrotar a grande rainha Adele numa corrida a um prémio, este ano.
1 year, 1 album, 18 songs, 1 documentary, 2 books, 3 world records, 1 BRIT, 1 tour, millions of fans, one band, one dream, OneDirection 
 
Dom | 19.02.12

Before you leave me - Capítulo III

Capítulo III

 O facto de Zayn não se ter minimamente importado comigo ou pelo menos, com o que eu poderia estar a sentir deixou-me desapontada. Tinha criado uma imagem que não correspondia à realidade. Imaginei Zayn tal e qual como Rosalie: compreensivo. Enganei-me mais uma vez, errei. Será que Zayn iria mudar de atitude e pedir desculpas aos pais? Se não o fizesse como é que iria aguentar viver três meses debaixo do mesmo tecto? Sabendo que a culpa daquela situação era, em parte, minha… Comecei a desfazer as malas e a organizar o guarda-roupa. Como não tinha muito com que me distrair, acabei por organizá-lo minuciosamente: por cores, da peça mais clara para a peça mais escura. Esta tarefa acabou por demorar mais do que uma hora, permitindo que a minha cabeça deixasse o mundo que se viva lá fora.

(…)

                - Vou dar uma volta pela cidade, comprar o jornal desportivo e uma revista para a Rosalie. – Charles tinha aparecido a meio da tarde no meu quarto e acabou por me ajudar a colocar algum calçado na parte superior do armário. – Queres vir?

                - Se não for muito incómodo, já não posso ver roupa à minha frente. – Respondi-lhe sorrindo sinceramente.

                - Claro que não é incómodo nenhum, assim ficas a conhecer as redondezas. Veste um casaco mais quente, está a começar a arrefecer. – Recomendou Charles.

                - Rose, - disse Charles de modo carinho quando nos encontrávamos no hall – vamos até ao quiosque.

                - Portem-se com juízo, e não demorem. – Gritou-nos da cozinha.

Caminhos em silêncio, um vento fresco fazia com que o meu cabelo loiro se afastasse dos bordos da minha face. Saudamos todas as pessoas que apareceram no nosso caminho, deu para entender que Charles era uma pessoa querida no bairro pois, todos o cumprimentavam com um sorriso no rosto. Em menos de dez minutos chegamos ao quiosque, Charles meteu conversa com o proprietário do mesmo por breves instantes, e depois mostrou-me a rua principal da cidade.

                - Colbie, nós não queremos que te reprimas. Quando não gostares de algo, quando quiseres fazer outra coisa, quando não estiveres bem… - iniciou Charles, tirando um cigarro de menta do bolso esquerdo do casaco – diz-nos. Não tenhas vergonha de nós.

                - Eu não prometo que nos primeiros dias consiga abrir-me abertamente – confessei-lhe – eu não sou assim, não faz parte de mim ser assim. Acredite que quando eu não gosto de alguma coisa sou a primeira a demonstrá-lo.

                - Mas é isso mesmo que nós queremos. Tens de ser tu própria connosco, assim como nós vamos ser contigo. Só assim é que podemos perceber até que ponto nos vamos dar bem. É normal que as diferentes personalidades choquem mas isso é a essência da sociedade, da família.

                - Se fossemos todos iguais que graça teria? – Perguntei-lhe retoricamente enquanto nos dirigíamos para casa.

                - Exactamente. – Concordou Charles. – Acho que nos vamos dar bem, Colbie.

                - Assim espero. – Estávamos quase a chegar a casa quando, e depois de pensar se deveria ou não, perguntei: - Sabes se o Zayn já voltou para casa?

                - Não te preocupes com ele, aquilo passa-lhe. – Tentou acalmar-me Charles. – Ele vai aceitar-te, tenho a certeza.

(…)
                O jantar decorreu sem muitas conversas, Zayn não estava presente o que deixou Rosalie um pouco distante. Ajudei-a a arrumar a cozinha apesar da sua insistência para que fosse descansar, eu não estava cansada e ajudar nas tarefas sempre tinha sido algo que gostava imenso de fazer, as coisas não iriam mudar. Acabei por ir para o meu quarto, aconcheguei-me na cama e adormeci pouco depois. Não me lembro do sonho que tive, sei que acordei assutada e resolvi ir até à cozinha para beber um copo de água fresca. Pé ante pé e sem fazer barulho dirigi-me à cozinha, abri o frigorífico e retirei uma garrafa pequena de água fresca. O sono desvaneceu-se e encaminhei-me para a sala de estar, observei um pouco as estrelas através das janelas daquele compartimento. Encarei o relógio de parede, marcava as duas e meia da manhã. Virei-me com intenção de regressar ao quarto mas assustei-me com a presença de Zayn na porta da sala, a garrafa de plástico escapou-me das mãos e por sorte estava vazia. O meu coração passou de um batimento ritmado para um ritmo bastante descompassado, senti a adrenalina a percorrer todas as veias do meu corpo e aos poucos tudo voltou ao normal. Zayn olhava-me e depois de me ver apanhar a garrafa, proferiu:

                - Desculpa, não era minha intenção assustar-te. – Desculpou-se – Vi claridade vinda do andar debaixo e como não estou habituado a que andem pela casa a esta hora pensei que tinha deixado alguma coisa ligada.

                - Não faz mal, - respondi-lhe mantendo-me na mesma posição, perto da janela – desculpa se te acordei.

                - Não, eu tinha-me deitado há pouco tempo e ainda estava acordado. – Respondeu-me serenamente.

                Permanecemos em silêncio de olhos postos um no outro, por vezes este contacto visual era interrompido: Zayn baixava os olhos ou então fixava a paisagem escura que a lua nova nos proporcionava.

                - Bem, está a ficar tarde … Vou-me deitar – informei-o e encaminhei-me na sua direcção, na direcção da porta – boa noite!

                - Boa noite, - proferiu quando passei por ele. Encontrava-me já a meio do lance de escadas quando o ouvi dizer: - desculpa a minha atitude durante a tarde, tu não tiveste culpa e de algum modo acabei por te acusar também.

                Interrompi os meus movimentos e voltei ao seu encontro: - Não faz mal, eu acho que tinha agido da mesma forma se estivesse na tua posição.

Zayn olhou-me e entrou na sala de estar, desligou a luz do candeeiro principal e acendeu um com luz mais fraca. Ocupou o sofá e eu, sem saber se devia ou não, imitei-lhe os movimentos.

                -Não é nada contra ti, a sério que não. Eu nem te conheço e não costumo julgar as pessoas sem as conhecer minimamente mas, - Zayn possuía umas calças de fato treino cinza vestidas e uma t-shirt preta – eu não estava à espera que os meus pais tivessem tomado aquela decisão de uma maneira …

                - Tão repentina e sem te consultar? – Intrometi-me, era difícil ficar calada quando o assunto me envolvia obrigatoriamente.

                - Sim, a minha opinião poderia até nem mudar em nada a decisão deles mas eu queria ter sabido. Eu tinha esse direito. – Anui dando-lhe razão. – Colbie, certo?

                - Sim. – Confirmei. – Zayn, certo?

                Acenou ao de leve com um sorriso e perguntou-me: - Vais ficar connosco três meses?

                - Sim, pelo menos três meses tenho de cá ficar, faz parte do acordo ou projecto como lhe quiseres chamar. – Depois de repetir mentalmente a sua pergunta, vi que talvez a sua questão esperasse outra resposta. – Não te preocupes, não faz parte dos meus planos ser adoptada se assim não for a vontade de todos e muito menos se não me sentir conscientemente bem com o que querem que faça.

                - Porque é que colocas já a possibilidade de eu não gostar de ti? – Perguntou-me com um sorriso um pouco trocista no rosto.

                - Porque é que haveria de colocar a possibilidade de gostares de mim? – Repliquei-lhe no mesmo tom.

                - Porque haveria de não gostar?

                - E porque é que haverias de gostar?

                - Já vi que contigo não levo a melhor. – Finalizou mantendo aquele sorriso.

                - Não, é melhor tirares essa ideia da cabeça.

                - Vamos ter três meses para nos conhecermos, ver os pontos fortes e fracos de cada um. É tempo mais que suficiente para ver se te quero na família ou não. – Zayn passou a mão pelo cabelo, deixando-o mais desalinhado do que anteriormente se encontrava. – Hey, eu não estou a dizer que nos vamos dar mal ou nada do género …

                - Eu disse que estavas? – Perguntei-lhe retoricamente. – Não dês demasiada importância ao que eu possa pensar, tal como tu, eu não costumo julgar as pessoas antes de as conhecer verdadeiramente. – Zayn sorriu de forma verdadeira. – Posso-te dar um conselho? Amanhã fala com a Rosalie, ela pareceu-me bastante abatida depois de que te foste embora.

                - Não te preocupes. - Descansou-me – Colbie, eu espero ter deixado claro que não me importo que estejas aqui em casa, eu só não estava à espera.

                - Agora deixas-te, - respondi-lhe e antes de me dirigir para o quarto, finalizei – eu espero ter deixado claro, também, que não estou aqui para roubar o lugar de ninguém ou para agradar a alguém. Nestes três meses vou ser o que sempre fui, e se não gostares tens bom remédio: não atures. Existem muitas coisas que tu desconheces na minha vida, e alguma delas levam a que as minhas atitudes não sejam devidamente pensadas. Não estou aqui para magoar ninguém, para me vingar ou algo do género. – Tomei uma golfada de ar e apertei a garrafa plástica vazia que ainda possuía nas mãos. - Não tentem perceber-me já, se o fizerem acabarão enganados.

- Anotado: conhecer-te aos poucos vai ser uma das minhas primeiras missões.

Qua | 08.02.12

Foi hoje que te lembraste de mim?

 Faz hoje um ano, será que te lembras? Será que recordaste o tempo que estive contigo? O tempo que há um ano atrás foi apenas e só nosso, os nossos vinte minutos ou talvez tenham sido mais, não me recordo pois todo o tempo que passava contigo me parecia pouco, muito pouco. Será que hoje te recordaste de mim quando a beijaste? Será que hoje, e apenas em pensamento recordaste o que trocamos? Será que ... as palavras que foram proferidas te atormentaram durante o dia?

 Passaram trezentos e sessenta e cinco dias, e eu continuo estupidamente no teu laço. Continuo presa a esses teus olhos negros, a esse teu cabelo encaracolado, a esse teu riso. Tu, pelo contrário já te encontras no centro do mundo de alguém, já construiste outra muralha, outro castelo. Já reuniste os teus súbitos e já tens nova rainha. Sê feliz, é tudo o que te desejo.

 Um último pedido, pede para que eu me esqueça de ti. Nem que isso demore mais um ano, mas faz com que eu me esqueça de ti.