One-Shot - Everything Has Changed
Olá caros leitores, peço desculpa pela demora mas escrevi esta one-shot duas vezes e acho sinceramente que à terceira consegui realmente acertar. Espero que gostem tanto dela como eu. É das maiores que alguma vez fiz, mas era-me impossível colocá-la em partes.
Aviso: O que se encontra a itálico é a letra da música, e a negrito é uma memória.
One - Shot - Everything Has Changed
All I knew this morning when I woke
Is I know something now
Know something now I didn't before
And all I've seen since eighteen hours ago
Is green eyes and freckles and your smile
In the back of my mind making me feel likeI just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
Charles sentou-se na cama, com as mãos esfregou os seus olhos castanhos e bocejou. Estava cansadíssimo, exausto da ponta dos cabelos à ponta dos pés. As noites mal dormidas depois de um dia agitado não ajudavam em nada. O problema é que não era apenas um dia por semana, eram todos os dias. Acordava cedo para ir para a escola, depois de um dia cansativo a aturar professores e os colegas, Charles dirigia-se para o seu part-time na pastelaria e só voltava a casa por volta da hora de jantar, depois dessa refeição, fazia os trabalhos para o dia seguinte, estudava, preparava as coisas e tentava dormir o pouco que conseguia.
A noite era o seu momento do dia preferido. Era durante a noite que tinha tempo para si, para organizar as suas ideias. Era o único tempo que tinha consigo mesmo. Era nessa altura que todos os problemas lhe invadiam a cabeça, para que a sua mente encontrasse solução. Era, também, nessa altura do dia que os seus momentos de alegria – os poucos que tinha – lhe viajavam pela memória.
Ontem a noite, tinha sido preenchida por pensamentos e sonhos. Queria dormir, queria descansar mas em vez disso, só conseguia pensar na menina de cabelos rebeldes, encaracolados, alta, olhos claros, com um sorriso que parecia iluminar o mundo. E sem saber as razões, pensar nela, pensar na rapariga que mal conhecia fazia-lhe tão bem, fazia-o tão feliz.
O que não o fazia feliz era ouvir o pai gritar com a mãe. De um momento para o outro, deixou de pensar na rapariga. O silêncio que antes invadia a casa era agora uma recordação, assim como ela. Charles suspirou levemente, passou a mão pelos cabelos desalinhados e olhou para o relógio. Estava na hora. Saltou para fora da cama, pegou na roupa que ia vestir naquele dia e dirigiu-se para a casa de banho. Charles sentia que o dia ia ser longo, e ainda mal tinha começado.
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you
Charles chegou à paragem de autocarro e o meio de transporte não tardou em chegar. Como todos os dias, o autocarro estava cheio de pessoas, alguns idosos, outros adultos que preferiam aquele transporte para chegar ao trabalho ou para fazerem algumas compras na cidade.
Charles não se importava de ir todos os dias rodeado de pessoas mais velhas, isso significava que ninguém o incomodaria durante a viagem. Nenhum adulto quer falar logo de manhã com um adolescente, provavelmente igual a tantos outros, com crises hormonais, com problemas …
Na paragem seguinte, uma senhora saiu e Charles ocupou o lugar vago que a mesma tinha deixado, a viagem até à escola ainda era longa. Mal se sentou, tirou os auscultadores do bolso e colocou-os nos ouvidos depois de os conectar com o telemóvel. O seu refúgio, a música. Os olhos do moreno fixaram a janela, a mente do rapaz começou a vaguear sem rumo ou direcção. Pensou no futuro. Pensou na vida. Pensou na família. Reflectiu sobre o seu passado e o presente. Charles estava cansado de acordar e adormecer entre gritarias constantes. Queria sair, queria conhecer alguém novo. Estava cansado de todos os comentários rudes e insultuosos que recebia por parte do pai. Assim que acabasse a escola deixaria a cidade para trás. Voltaria uma ou duas vezes por ano para visitar a mãe, ou talvez para a convencer a ir consigo.
Charles não sabia o que o futuro lhe reservava, não sabia se ia ser da maneira que ele desejava mas isso era tudo o que menos importava ….
Tão depressa como aquele assunto lhe tinha ocupado a mente, desapareceu. Os pensamentos tristes deram lugar a um menos concreto, mas mais feliz. A rapariga de ontem. Charles não sabia a razão, mas por qualquer motivo ele queria que ela fizesse parte do seu futuro. Era uma loucura, mas era isso que ele queria. Charles queria conhecê-la, ficar a saber tudo sobre ela. Havia nos olhos dela que o tinham cativado desde o primeiro instante. Eram tão intrigantes, e conseguiam transmitir carinho, gentileza, amizade, serenidade ao mesmo tempo. Charles queria conhecer aquela rapariga. Tinha de a conhecer.
Charles encostou a cabeça ao vidro, fechou os olhos e sentiu-se a viajar no tempo. Dezoito horas atrás, mais coisa menos coisa:
Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed
Dizer que Charles estava com pressa era um eufemismo. Ele estava atrasado, muito atrasado porém e para ser completamente justa, a culpa de ter perdido o autocarro não era sua. O director de turma tinha-lhe pedido que ficasse depois da aula a conversar com ele. A conversa não tinha sido muito longa, porém fora longa o suficiente para o fazer perder o autocarro que o levava todos os dias até à pastelaria. Charles estava atrasado, muito atraso e só pensava que Rose o ia despedir, ou então matá-lo. Não, lá no fundo Charles sabia que Rose não era capaz de fazer nem uma coisa nem outra. Rose amava-o como se fosse seu filho. Provavelmente, assim que Charles lhe explicasse o sucedido Rose dar-lhe-ia um beijo na testa e apenas lhe pedia para que não voltasse a acontecer.
Já sentado no autocarro seguinte, Charles verificou que estava dez minutos atrasado. Mal chegasse à pastelaria tinha de por o avental, largar as coisas na cozinha e começar a servir o mais rápido que conseguisse. Com sorte, Rose não tinha dado pelo atraso. Era um plano razoavelmente perfeito, porém era um plano feito por Charles e nada do que o rapaz planeava corria como tal.
Assim que saiu na paragem mais próxima do seu local de trabalho, as pernas de Charles ganharam vida e com alguma sorte conseguiu evitar bater contra as pessoas que estavam no passeio. Chegou à pastelaria em tempo recorde, nunca tinha demorado tão pouco tempo da paragem ao seu local de trabalho. Abriu a porta e mal colocou os pés dentro da pastelaria, o seu corpo colidiu com o de outro alguém.
Depois de se equilibrar e respirar fundo, procurou com os olhos a pessoa que o tinha feito parar. Por um momento a respiração de Charles parou, tal como ele tinha feito.
Na frente dele, estava uma rapariga de olhos grandes, cabelo encaracolado e com um sorriso no rosto. A voz era ainda mais harmoniosa que a cara dela:
- Olá pra ti também, apressado.
Charles corou, sempre fora muito envergonhado: - Desculpa eu vinha a correr porque estava, quer dizer, estou atrasado e nem te vi. Desculpa, a sério. Estás bem?
A rapariga sorriu, abanou a cabeça para confirmar que estava bem e afastou-se, mantendo aberta a porta com a mão. Charles deu-lhe um sorriso, e segurou a porta para ela sair. Mais uma vez, a rapariga sorriu-lhe em tom de agradecimento. Charles dirigiu-se, sem mais demoras para a cozinha para colocar o avental. Assim que voltou ao balcão, olhou uma última vez para a porta. A rapariga continuava do lado de fora, desta vez com o telemóvel preso entre o ombro e ouvido, enquanto remexia na mala. Como se se estivesse a sentir observada, os seus olhos encontraram os de Charles, e sorriu-lhe … uma última vez.
Charles deixou de a ver assim que um casal entrou na pastelaria, provavelmente ela tinha seguido atarefada pelas ruas de Londres. Mesmo assim, Charles continuou com os olhos presos no exterior da pastelaria, mesmo depois de mais algumas pessoas entraram na loja. Só quando sentiu um toque no ombro dele, a atenção de Charles e o seu olhar esqueceram a porta, para se concentrarem na figura de Rose.
- Aquela era a minha sobrinha, Sienna Rose.
Depois destas palavras, entregou-lhe uma bandeja de cafés para a mão e apontou-lhe a mesa para os quais eram destinados. Sienna Rose. O nome era quase tão perfeito e tão bonito como ela.
And all my walls stood tall, painted blue
I'll take 'em down, take 'em down
And open up the door for you
And all I feel in my stomach is butterflies, the beautiful kind
Makin' up for lost time, takin' flight making me feel like
O dia passou relativamente rápido e sem intercorrências. Charles esteve nas aulas, calado, limitou-se a tirar notas e a rabiscar de lados nos cadernos. Quando a campainha finalmente tocou, sinalizando o fim do dia, Charles suspirou, aliviado. Dirigiu-se ao cacifo para buscar as coisas que lhe faziam falta, e correu para apanhar o autocarro a horas. Hoje não queria chegar atrasado ao trabalho. Foi todo o tempo da viagem a pensar se Sienna estaria lá. Porém, Charles é um rapaz de pouca sorte e assim que chegou à pastelaria, não havia sinal da sobrinha de Rose. Suspirou, foi buscar o avental e começou a trabalhar para manter a cabeça ocupada. A cada passo que dava, sentia o olhar de Rose preso em si.
O turno de Charles estava ainda longe de terminar, quando a campainha presa na porta da pastelaria deu sinal de um novo cliente. Os olhos de Charles dirigiram-se para a porta, e num instante o dia tornou-se dez vezes melhor. Sienna tinha acabado de entrar. Viu-a sorrir e acenar à tia, para depois ocupar um lugar numa mesa vazia. Rose começou a preparar o lanche da sobrinha, que todos os dias era o mesmo: um café e um croissant com manteiga. Queria ser Charles a entregar o pedido de Sienna, por isso em passo apressado dirigiu-se ao balcão. Rose, percebeu de imediato as intenções do rapaz.
- Charles, porque não levas o pedido da Sienna e aproveitas para tirar uma pausa? Tens trabalhado a tarde toda e estás um pouco distraído, uma pausa de dez minutos iria saber-te bem. – Disse-lhe enquanto lhe passou a bandeja. – Além do mais, tenho a certeza que a Sienna ia adorar ter companhia.
A maneira como Rose proferiu aquelas palavras, não deixou margem para argumentos. Charles pegou na bandeja e fez o que Rose lhe tinha sugerido, mas antes, retirou o avental, dobrou em três, voltou a pegar na bandeja e seguiu na direcção da mesa onde Sienna se encontrava.
Sem dizer uma palavra, colocou o café e o croissant na frente da rapariga. Sem pedir permissão, “escorregou” no lugar em frente a Sienna e colocou a bandeja de lado. Sorriu-lhe e a rapariga imitou-lhe o gesto. Antes de falar, suspirou.
- Hum, olá… - aquilo tinha soado estranhamente mal, e Charles teve vontade de se pontapear a ele próprio.- A tua tia pensou que pudesses gostar de ter companhia e … Bem, eu queria pedir-te desculpas por ontem ter ido contra ti. Como já te disse, eu estava atrasado e..
Sienna cortou-lhe a palavra: - Não precisas de te desculpar. Foi um acidente, são coisas que acontecem.
Charles podia jurar que a partir daquele dia de cada vez que Sienna sorria, Charles sentia borboletas na barriga. Uma erupção delas. Ele não sabia o que era, mas sentia-se confortável quando estava com ela mesmo sem a conhecer há muito tempo. Todos os que conheciam Charles, sabiam o quanto demorava para ele ficar confortável e ser ele próprio com alguém, a abrir-se para essa pessoa. Com Sienna era diferente, ele sentia que podia contar-lhe tudo, conversar sobre qualquer assunto e ela iria perceber, aconselhar e acima de tudo ouvir.
Charles sentia que à medida que conversava com aquela rapariga, todos os muros que tinha construído em torno de si iam caindo. Quebravam-se em pequenos pedaços. Era fácil falar com Sienna, era como se já se conhecessem desde sempre, como se fossem dois amigos a compensar o tempo perdido que tinham estado afastados.
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you
Os dois jovens continuaram lá sentados, beberricando café e a comer gomas que Rose lhes tinha trazido, durante horas. Falavam sobre tudo. Falavam sobre nada em concreto, apenas desfrutavam da companhia um do outro, estavam a conhecer-se e não davam pelo tempo passar. Para ser sincera, eles falaram tanto que quando charles olhou para o relógio, percebeu que era hora de fechar a loja. O seu turno há muito que tinha terminado, e ele tinha passado mais de metade do mesmo sentado, sem fazer nenhum. Quando Charles lançou um olhar preocupado e arrependido a Rose, esta sorriu-lhe com os olhos a brilhar. Acenou-lhe com a cabeça, como se a dizer que não importava, não havia problema nenhum. E realmente, era mesmo isso que ela sentia. Tudo porque Charles estava verdadeiramente feliz, tal como Sienna, e Rose não se lembrava da última vez que tinha visto um dos dois verdadeiramente felizes.
'Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed
A partir daquele dia, Charles mal podia esperar para que um novo dia começasse e o seu turno na pastelaria desse inicio. Todos os dias, Sienna estava no café, sentada na sua mesa habitual. Enquanto Charles trabalhava e estava mais ocupado, os dois trocavam olhares, ou sorrisos … De cada vez que Charles passava perto da mesa de Sienna, trocavam algumas palavras, simples “olá”, que lhe preenchiam o dia e lhe davam energia para atender o cliente seguinte. Quando a pastelaria estava mais vazia, Charles sentava-se na mesa de Sienna e a conversava arrastava-se durante horas.
Mesmo que a noite tivesse sido péssima, apesar dos dias de Charles serem mais alegres, os pais continuavam com os problemas de sempre, de cada vez que chegava à pastelaria o jovem esquecia udo. Sienna estava lá, era tudo o que ele precisava. Aquele lugar, agora era a sua casa. A sua verdadeira casa, porque ela estava lá para o receber de todas as vezes que ele chegava, e para o acompanhar de todas as vezes que ele saía.
Come back and tell me why
I'm feeling like I've missed you all this time, oh, oh, oh
And meet me there tonight
Let me know that it's not all in my mind
A pior parte do dia era quando se separavam. Mesmo que fosse só por um dia Charles sentia a falta de Sienna. Era-lhe difícil entender como é que Sienna tinha derrubado todos os muros e esculpir ua porta de entrada para o seu coração… Não podia negar, Charles estava apaixonado pela rapariga de olhos grandes e belos … Faltava saber se ela sentia o mesmo.
Rose, entregou-lhe um envelope com o nome de Charles escrito na parte superior. Passou-lhe aquilo para a mão sem dizer uma palavra, mas sorriu-lhe, e voltou ao trabalho. Charles sentou-se, e com as mãos ansiosas apressou-se a abrir o envelope. Abrir não, rasgar. De lá, tirou um bilhete dobrado em dois.
“Encontra-te comigo no final do teu turno, na ponte. – SR”
Charles não pode controlar o sorriso que lhe iluminava o rosto depois de ler aquelas palavras. Continuou o turno dele assim, de sorriso estúpido pregado na cara.
Parecia que o fim do turno nunca mais chegava mas quando deu por si, era hora de arrancar o avental e correr porta fora. A ponte era apenas um quarteirão abaixo da pastelaria, e Charles apressou o passo.
Quando chegou, parou e observou Sienna. Aparentava estar calma, com as mãos presas no corrimão e o olhar preso na lua.
Charles passou uma mão pelo cabelo, um tique nervoso que tinha, respirou fundo e deu alguns passos em direcção ao lugar onde a rapariga estava.
- Hey, - Charles falou assim que chegou perto de Sienna, e esta sorriu-lhe quando o encarou.
- Olá Charles. – Meu deus, como Charles sentia saudades da voz de Sienna, parecia-lhe mais suave depois de uns dias sem a ouvir, e ela própria lhe parecia mais bonita.
Nenhum dos dois falou durante o minuto seguinte, limitaram-se a olhar um para o outro o tempo suficiente para ficarem envergonhados e voltarem a dirigir o olhar para o luar
Finalmente, Sienna Rose deu um pequeno passo para a frente e o corpo da rapariga estava totalmente de frente para Charles. Este, respirou fundo antes de mergulhar o seu olhar com o dela. Era intimidante tê-la tão perto de si.
- Há uma coisa que eu quero fazer desde o primeiro dia em que te vi, e isto vai parecer tão estúpido… - .Sienna interrompeu o silêncio que se tinha gerado entre os dois, notava-se que estava nervosa pois as palavras saíam-lhe de forma atrapalhada e rápida. Charles, viu que Sienna respirara fundo antes de recomeçar a falar: - Não me mates depois de fazer o que vou fazer…
Charles ficou surpreendido com a última frase da rapariga, abanou a cabeça negativamente e soltou uma pequena gargalhada:
- Era incapaz de matar alguém, muito menos tu Sienna. – A rapariga sorriu-lhe, e pareceu ficar menos nervosa. Charles, podia ver o sorriso de Sienna a todas as horas sem nunca se fartar do mesmo.
Charles dissera tudo o que Sienna precisava de ouvir, e sem esperar mais tempo a rapariga colocou-se em bicos de pés, colocou uma das mãos de maneira suave na cara de Charles, que ao sentir o toque dela se inclinou. Nesse preciso momento, Sienna pressionou os seus lábios contra os de Charles. Não demorou muito até que Charles percebesse exactamente o que estava a acontecer. Sienna Rose, a rapariga que ele tanto gostava, a rapariga dos seus sonhos estava a beijá-lo. Á noite, na sua parte do dia preferido. Numa ponte, cheia de gente a passear pela cidade, no meio de Londres. Uma descarga eléctrica tinha-lhe percorrido o corpo, e quando o choque passou, foi a vez de Charles colocar as mãos no rosto da rapariga e voltar a encostar os lábios dela aos seus.
Não havia palavras para descrever o que ambos sentiam. Era perfeito, simplesmente perfeito em todos os sentidos. Era tudo o que Charles desejara, pois Sienna era tudo o que ele mais queria.
Quando ambos se separaram, Charles continuou com os braços em redor do corpo de Sienna. O rapaz sorria feito tonto, e foi inevitável não corar um pouco. Não sabia o que dizer, mas isso não tinha importância nenhuma. As palavras não conseguiriam fazer justiça a tudo o que os jovens sentiam. Palavras e conversas profundas não eram necessárias quando se tratava de Charles e Sienna Rose. Ambos sabiam o que ia na mente, e mais importante, no coração um do outro apenas pelo olhar.
I just want to know you better know you better
Know you better now
I just want to know you know you know you'Cause all I know is we said "hello"
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name
Everything has changed
All I know is you held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday
Is everything has changed
A partir daquela noite os dois jovens tornaram-se mais inseparáveis do que anteriormente eram. Quando não estavam juntos, falavam por chamada ou trocavam mensagens. Parecia que nem um minuto podia passar sem estarem ligados, fosse de que maneira fosse. Charles, tinha encontrado finalmente alguém que o fazia feliz, que o fazia sentir no topo do mundo. E de uma coisa ele tinha certeza, agora não queria descer.
O relacionamento deles era simples, fácil. Sienna estava sempre a sorrir quando estava com Charles, mas os seus momentos favoritos era quando o rapaz lhe roubava um beijo enquanto trabalhava na pastelaria. Por mais discretos que fossem estes momentos, Rose apanhava-os sempre e tinha a mesma reacção que a rapariga: sorria.
All I know is we said "hello"
So dust off your highest hopes
All I know is pouring rain
And everything has changed
All I know is a new found grace
All my days I'll know your face
All I know since yesterday
Is everything has changed
Nem tudo eram rosas, enquanto Charles era feliz com Sienna Rose, as lutas em casa rinham aumentado.
Porém, agora, era mais fácil de as suportar. Charles agora tinha um lugar para onde fugir, um refúgio. Por mais negra que a noite fosse, Sienna Rose estava lá para lhe mostrar o sol novamente