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Sweet Nothing

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Sab | 06.07.13

Before You Leave Me - Capítulo XVIII

Espero que gostem deste capítulo e por favor se leêm a história, deixem o vosso comentário. Nem que seja só com um simples "gostei" ou "não gostei". Sinto que estou a perder leitores e a história está a entrar num ponto importante.

 

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Before You Leave Me - Capítulo XVIII

                A manhã chegou rapidamente e quando os primeiros raios de sol trespassaram a janela, Zayn acordou e olhou-me:

 

                - Bom dia princesa – aquela sua voz rouca ainda adormecida era das melodias mais bonitas para os meus ouvidos – já estás acordada há muito tempo?

 

                - Bom dia, - disse com voz preguiçosa – sim já estou acordada há algum tempo …

 

                - Não conseguiste dormir?

 

                - Dormi, dormi quase a noite inteira mas desde que acordei que não consegui voltar a dormir. – Tranquilizei-o.

 

                - Então resolveste ficar a olhar pra mim enquanto dormia? Sabes que eu posso considerar isso um ato de perseguição? – Perguntou-me presunçoso e acariciando-me a face.

 

                - Oh cala-te, Zayn … Quem te dera a ti que eu ficasse a olhar-te assim todos os dias.

 

                - Convencida. – Exclamou num tom surpreendido e reprimindo uma gargalhada.

 

                - Realista meu bem, realista. – Mal acabei de falar as mãos de Zayn foram de encontro ao meu ventre e começaram a mexer-se de uma maneira muito pouco ordenada: cócegas. O meu ponto fraco. – Zayn … Pára… Quieto.

 

                - Assim não vai resultar, tens de dizer: meu senhor, meu mais que tudo, meu príncipe encantado pare com esta tortura se faz o favor.

 

                - Meu senhor … - assim que proferi as primeiras palavras os dedos de Zayn pararam, porém as suas mãos ficaram na minha barriga – meu mais que tudo, meu príncipe encantado pare com esta tortura se faz o favor.

 

                - Linda menina. Agora falta uma coisa.

 

                Ainda a recuperar o fôlego, perguntei: - O que foi agora?

 

                - O meu beijinho de bom dia.

 

                - Primeiro torturas-me e depois queres beijinhos? Já agora … - O sorriso de Zayn desvaneceu-se e no seu lugar apareceu um beicinho amuado. – Escusas de estar a fazer esse arzinho de carneirinho mal morto porque não vai resultar. Vou tomar banho e depois de me arranjar, com sorte, levas um beijinho. – Dito isto retirei-me do quarto.

 

(…)

                Assim que Rose e Charles saíram para o trabalho fui, literalmente, atacada por Zayn. Depois de termos demorado o dobro do tempo a arrumar a loiça do pequeno-almoço, o moreno dirigiu-se para a escola. Dez minutos após a sua saída, Mary chegou.

 

                - Bom dia. – Sorri assim que lhe abri a porta, e da sua parte recebi um sorriso algo forçado. – O que se passa?

 

                - Oh Colbie, eu tenho de te contar uma coisa senão rebento … Mas, eu devia contar isto na presença do Zayn e dos outros só que eu não consigo esperar. – Mary estava mesmo atrapalhada, as suas frases saiam cada uma mais depressa que a anterior.

 

                - Credo rapariga, o que é que se passa? Entra, anda para a sala. – Encaminhamo-nos para a sala de estar e assim que o seu corpo se aconchegou no sofá, Mary suspirou. – O que quer que seja, tenho a certeza que não é pior do que o que se passou ontem à noite.

 

                - O que é que se passou ontem? – Pânico, foi tudo o que senti assim que Mary perguntou o que se tinha passado.

 

                - A Kate regressou e resolveu passar por cá. – Resumi.

 

                - Oh meu deus. – Mary levantou-se do sofá e andou às voltas pela sala – Eu sabia que deveria ter vindo cá logo na quinta-feira, eu sabia.

 

                - Não estou a perceber nada. Acalma-te. Senta-te e conta-me, se fazes o favor. – pedi já um bocado impaciente.

 

                - Na quinta-feira, eu fiquei em casa do Niall até mais tarde – assim que a ouvi pronunciar o nome do rapaz que ela tanto gostava foi impossível não sorrir – não me olhes dessa maneira nem estejas com esse sorrisinho estúpido no rosto que o assunto é sério. Onde é que eu ia? Ah, como te estava a dizer, fiquei em casa do Niall até mais tarde a acabar um trabalho e quando ia para a casa encontrei-me com a Kate. Ela não me viu, mas eu reconhecia e para ter a certeza seguia até casa e quando a vi entrar e a mãe dela a abrir a porta caiu-me tudo ao chão. Eu não sabia o que pensar nem o que fazer…

 

                - Foi por isso que andavas estranha? – Perguntei mais em tom conclusivo do que interrogatório.

 

                - Sim, eu não sabia se havia de contar ao Zayn ou não. Sei lá, é complicado para toda a gente este regresso. – Se a mim me custava e nunca a tinha conhecido verdadeiramente, mal podia imaginar a confusão em que estava a cabeça de Harry, Zayn, Mary e Niall. – Como é que o Zayn reagiu?

 

                A conversa fluiu naturalmente, contei a Mary tudo o que tinha para contar e depois seguimos para a escola. O dia correu normalmente, apesar dos burburinhos que se ouviam de cada vez que Zayn ou alguém do nosso grupo passava pelos corredores. O regresso de Kate já não era novidade para ninguém, aliás era dos assuntos mais comentados do dia. Zayn tentava mostrar-se indiferente mas no fundo, eu sabia que aquele sussurrar das pessoas que não sabiam nem metade do que se tinha passado o incomodava. Incomodava-nos a todos.

 

                - Logo sempre vamos ao cinema? – Perguntei-lhe.

 

                - Claro que sim, princesa. Jantamos em casa ou vamos até à pizaria depois? – Perguntou-me roçando o seu nariz no meu.

 

                - Não sei, é como quiseres. Mas não será melhor jantarmos antes? O filme é capaz de acabar tarde e tu como sais do treino tarde, vais passar o filme todo cheio de fome e não vais prestar atenção nenhuma.

 

                - Tens razão. Então eu saio do treino, acompanho o Harry a casa e depois sigo para a pizaria ter com a mulher mais bonita deste mundo. – Declarou.

 

                - Não sabia que a senhora Fitch era a senhora mais bonita do mundo. – A senhora Fitch era a dona da pizaria, e apesar dos seus setenta e alguns anos continuava a desempenhar as suas funções como uma mulher nos seus trintas.

 

                - É, eu tenho um fraquinho por ela desde que me lembro de comer pizza.

 

                - Estúpido. – Acusei, batendo com os punhos no seu peito tentando libertar-me dos seus braços.

 

                - Uma pessoa elogia-te e ainda é chamado de estúpido? Ok, agora é a sério: a senhora Fitch é mesmo a mulher mais linda do mundo.

 

                - Ai é? – Perguntei, duvidosa. – E a senhora Fitch pode fazer isto? – Depois desta pergunta, beijei-o.

 

                - Poder até pode, mas eu não quero. Agora cala-te e dá-me beijinhos porque o treino está quase a começar.

(…)

                A noite começava a cair na cidade, vários carros passavam nos dois sentidos provavelmente a dirigirem-se para casa depois de um longo dia de escola ou trabalho. A pizzaria não estava muito cheia, apenas três pessoas e mais umas quantas encostadas ao balcão a beber algo ou a conversar com a senhora Fitch. Sorri ao recordar a conversa que eu e Zayn tínhamos tido horas antes.

 

                - Querida, queres escolher já o jantar ou esperas pelo Zayn? – A voz da senhora de cabelos brancos muito bem apanhados num bonito carrapito interrompeu-me os pensamentos.

 

                - Eu espero por ele, senhora Fitch. Ele deve estar quase a chegar o treino já deve ter acabado. – Olhei para o relógio e comecei a ficar preocupada. O treino tinha acabado à mais ou menos uma hora, era tempo mais do que suficiente para desequipar, tomar banho, levar o Harry a casa e estar na pizzaria.

 

                                Está tudo bem?

 

                                Sim, eu e o Harry ficamos até mais tarde com o treinador e só nos conseguimos despachar agora. Vou deixá-lo em casa e sigo já para aí. Vinte minutos no máximo. Até já, amo-te.

 

                                Está bem. <3

 

                Vinte minutos passaram, e a esses vinte mais outros se seguiram. Três pessoas saíram da pizzaria e uma família chegou para jantar. Uma hora tinha passado desde a mensagem de Zayn. Seria motivo para estar preocupada? Será que lhe tinha acontecido algo de mal? A verdade é que tinha um aperto no peito mas não sentia que lhe tivesse acontecido algo de mal. Decidi ir-me embora, afinal de contas o filme já tinha começado há quinze minutos e estava mais do que visto que Zayn não iria aparecer. Paguei a água que tinha consumido e dirigi-me para casa.

 

                                Vim para casa. Estive uma hora à tua espera. Espero que estejas bem.

 

                - Já estás em casa, Colbie? – Tinha intenções de me dirigir para o meu quarto sem que Charles e Rose dessem conta da minha chegada e da ausência de Zayn. – O Zayn não veio contigo?

 

                - Olá Charles, ele …. Foi a casa do Harry porque se tinha esquecido de um caderno e precisava dele para acabar uns apontamentos. – menti.

 

                - E deixou-te vir pra casa sozinha por causa de um caderno que podia ir buscar amanhã? Ai aquele rapaz….

 

                - Eu é que insisti para que ele fosse agora porque o Harry amanhã não vai estar em casa. – Mentira, mais uma vez. – Charles encolheu os ombros e pareceu-me que acreditou. – A Rose já se foi deitar e eu vou fazer o mesmo daqui a pouco. Ficas a fazer-me companhia um bocado ou já te vais deitar?

 

                - Não te importas que me vá já deitar? O dia foi muito cansativo…

 

                - Claro que não, vai lá. Boa noite e bom descanso. – Sorri-lhe e comecei a subir os degraus que me levariam até ao quarto. – Colbie, o filme é interessante?

 

                Fechei os olhos, e suspirei. Não lhe podia dizer que não tinha ido ao cinema com Zayn mas mentir outra vez também não me parecia justo. Porém, é o que tenho feito nos últimos tempos. Tenho enganado tanto Charles como Rose com a relação que tenho com Zayn. Mentir mais uma vez, era necessário: - Sim, é muito bom. Boa noite Charles, e bom descanso.

Fechei-me no quarto e controlei a respiração a custo para não começar a chorar. 

 

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