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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Sex | 24.08.12

Depois disto, não tenho vontade de ler um livro dela.

Estou completamente parva/chocada com a "crónica de opinião" - e note-se que se encontra entre aspas porque eu não considero aquilo uma crónica decente - que a Margarida Rebelo Pinto fez para o Semanário Sol. O título é chamativo e até poderia ser usado para um artigo muito bem conseguido, algo com graça, algo inteligente ... mas não. Em vez disso, o título só nos prepara para um texto totalmente deprimente e muito mal conseguido.

Senhora Margarida Rebelo Pinto, provavelmente nunca leu este blog mas se o faz é convidada a nunca mais o fazer. Porquê? Porque não tolero que desrespeite assim pessoas do sexo feminino. Somos todas mulheres, e todas exigimos respeito sejamos nós: magras ou gordas, magrinhas ou gordinhas, altas ou baixas, de olhos verdes ou castanhos, de cabelo lavado ou oleoso.

 

"À partida, não tenho nada contra as Gordinhas, mas irrita-me que gozem de um estatuto especial entre os homens. Às Gordinhas tudo é permitido: podem dizer palavrões, falar de sexo à mesa, apanhar grandes bebedeiras e consumir outras substâncias igualmente propícias a estados de euforia, podem inclusive fazer chichi de pernas abertas num beco do Bairro Alto porque como são ‘do grupo’ toda a gente acha muita graça e ninguém condena.

 

Agora vamos lá ver o que acontece se uma miúda gira faz alguma dessas coisas sem que surja logo um inquisidor de serviço a apontar o dedo para lhe chamar leviana, ordinária, desavergonhada e até mesmo porca. Uma miúda gira não tem direito a esse tipo de comportamentos porque não é one of the guys: é uma mulher e, consequentemente, deve comportar-se como tal. E o que mais me irrita é quando as Gordinhas apontam também elas o dedo às giras, quando estas se comportam de forma semelhante a elas.

 

Ser gira dá trabalho e requer alguma diplomacia. Que o digam as minhas amigas mais bonitas e boazonas que foram vendo a sua reputação ser sistematicamente denegrida por dois tipos de pessoas: os tipos que nunca as conseguiram levar para a cama e as gordas que teriam gostado de ter sido levadas para a cama por esses ou por outros. Uma mulher gira não pode falar alto nem dizer palavrões que lhe caem logo em cima. Já uma Gordinha pode dizer e fazer tudo o que lhe passar pela cabeça, porque conquistou um inexplicável estatuto de impunidade."

Para quem quiser ler o artigo na íntegra, é favor clicar aqui.

 

 

Para quem gosta de aproveitas as férias para descobrir novas histórias deixo-vos aqui uma fantástica. O blogue é de uma menina chamada Débora que tem um talento enorme para a escrita. Visitem-na e deixem opiniões ao seu fantástico trabalho, aqui.

 

Actualização:

Este post encontra-se nos recortes da sapo. Obrigada!

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