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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Ter | 21.08.12

One-Shot - Arms.

Aviso: Coloquem em pausa o leitor de música que se encontra no fundo do blogue, e leiam esta one-shot com a música que se encontra neste post.

 

Como tinha ficado prometido e em seguimento deste post, aqui se encontra o terceiro pedido. Hoje não estava nos meus melhores dias mas apteceu-me imenso escrever. Peço desculpa por estar tão pequenino mas, espero que gostem.

 

 

One Thing - Arms.

 

 

De todas as pessoas que Amy conhecia, Ted era provavelmente aquela que ela nunca tinha pensado vir a tornar-se tão importante na sua vida. Os dois adolescentes moravam na mesma cidade desde que nasceram. Os pais de Amy e os pais de Ted tinham frequentado o mesmo liceu – o mesmo que Amy e Ted andavam – e por acaso, as duas famílias até se davam bastante bem. Porém, existe sempre uma excepção para a regra: Amy e Ted detestavam-se e quando lhes era perguntada a razão que motivava aquele desentendimento todo, ambos se limitavam a responder que se odiavam. Amy achava Ted um convencido do pior, um engatatão incurável e para agravar, o rapaz mais teimoso do liceu. Ted dizia que Amy era só mais uma rapariga desinteressante no meio de tantas outras, um “pãozinho sem sal”, a “menina dos papás”… Eram ambos muito diferentes, diferentes até demais. Porém, houve um dia em que tudo mudou.

 

(…)

 

Amy tinha terminado as aulas e depois de consultar o relógio dirigiu-se para o pavilhão desportivo, onde sabia que a equipa de futebol tinha estado a treinar. Com sorte, Connor – o seu namorado – já estava despachado e poderiam ir comer um gelado ou dar um passeio juntos. Namorava com Connor há mais ou menos três meses e meio e a relação não poderia estar a correr melhor. Connor era extremamente querido para com ela, nunca lhe faltara ao respeito e era um rapaz bonito. Era dono de uns olhos azuis envejáveis e de um corpo bastante atlético. Uma das coisas que Amy mais apreciava em Connor era este, não ser o mesmo idiota que o seu melhor amigo. Connor e Ted eram os melhores amigos desde a escola primária, e Amy não percebia como é que Connor o suportava. Assim que chegou ao pavilhão desportivo a primeira pessoa que apareceu no seu campo de visão foi, nada mais nada menos que Ted. Este conversava com outro colega de equipa e depois de cruzar um rápido olhar com Amy, voltou a prestar atenção ao rapaz com quem conversava. A rapariga de longos cabelos loiros apressou o passo e dirigiu-se até à porta de acesso às bancadas, pois os jogadores costumavam abandonar os treinos por aquele mesmo sítio.

 

- O Ted já saiu? – Perguntou a Brian, um colega de turma que também pertencia à equipa.

 

- Não, acho que não. Da última vez que o vi ele ia em direcção às bancadas principais. – Respondeu-lhe enquanto saía do pavilhão desportivo.

 

Amy seguiu o mesmo caminho que Brian tinha indicado e depois de o fazer, arrependeu-se. Connor não se encontrava sozinho, por sinal estava a disfrutar da companhia. Cliché ou não, uma das integrantes da claque da escola encontrava-se sentado no colo de Connor, beijando-o. Os olhos da rapariga loira tornaram-se marejados e num piscar de olhos, várias lágrimas percorreram-lhe o rosto. Saiu dali o mais depressa que as suas pernas lhe permitiram, e assim que abandonou o pavilhão começou a correr. Voltou a passar pelo sítio onde Ted e o amigo conversavam mas, não lhes prestou atenção. Ouviu o seu nome ser pronunciado várias vezes, mas em nenhuma se virou para trás para ver quem a chamava. Assim que abrandou o passo, já fora do recinto escolar, uma mão agarrou-a pelo antebraço e virou-a. Era Ted.

 

- Amy, o que se passou? Porque é que estás a chorar? – Ted não largou o braço de Amy e com a outra mão desviou-lhe os cabelos que lhe cobriam o rosto. – Amy, por favor… Amy, o que aconteceu?

 

Ao ouvir a voz de Ted, que lhe transmitia uma preocupação notória, as lágrimas continuaram a percorrer o seu rosto. Ted, ao vê-la assim envolveu-a nos seus braços. Pela primeira vez, em muito tempo – mesmo durante o tempo em que namorou com Connor – Amy sentiu-se bem, sentiu-se em casa.

 

(…)

A partir daquele dia, tudo mudou: Ted e Amy conseguiram resolver as suas diferenças e no final acabaram por perceber que: todos os motivos porque se odiavam, eram os que os tornavam únicos, eram os mesmos que os faziam amar-se. De todas as vezes que Ted colocava Amy nos seus braços e juntava os seus corpos num abraço profundo, Amy sentia-se segura.

 

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