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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Sab | 21.07.12

Before you leave me - Capítulo XII

Novo capítulo, não está nada de especial mas espero que gostem. Obrigada!

- Mas Niall está na cara que tu gostas dela … - Tentava elucidar Niall para o facto de toda a gente ter percebido que ele gostava de Mary, mas as minhas tentativas tinham saído quase todas furadas.

 

- Agora percebo porque é que tu e o Zayn se dão tão bem … ambos são chatos, teimosos e como se não bastasse têm as mesmas ideias erradas na cabeça. – Niall, à medida que caminhava ia enumerando todas as características comuns que encontrava entre mim e Zayn. – Por falar nele, as coisas entre vocês estão bem?

 

- Sim loirinho, estão cada vez melhor … - Foi impossível não sorrir.

 

- Oh minha Colbie linda, - o braço direito de Niall envolveu os meus ombros e juntou o meu corpo ao dele num gesto amigável – gosto tanto de te ver com esse sorriso. Notasse a milhas que vocês gostam imenso um do outro, é bom voltar a ver o “antigo Zayn”.

 

- Esperemos que tudo continue assim, Niall. A cada dia que passa o Zayn mostra-me um lado novo dele, um lado que me faz gostar ainda mais da pessoa que ele é.

 

- Isso é porque tu estás apaixonada pelo Zayn, e não lhe vês defeitos… É bom estar assim.

 

- Não é por gostar mais ou menos que eu deixo de ver os defeitos das pessoas, o Zayn continua a ser: um teimoso, mal-humorado pela manhã, rabugento quando está com sono ou mais bêbedo que o normal… - O facto de estar apaixonada por Zayn não me impedia de reconhecer os seus defeito mas, pensando melhor assunto, eram esses mesmos defeitos que o tornavam único.

 

- Sim, ele é a pessoa mais rabugenta que conheço quando está com sono. – Niall sorriu depois de confirmar as minhas suspeitas. – Têm conseguido estar juntos em casa?

 

- Quando chegamos da escola temos algum tempo porque a Rosalie e o Charles ainda estão no trabalho mas depois disso só a meio da noite quando ele foge para o meu quarto ou eu para o dele. – Sorri ao relembrar uma das madrugadas em que Zayn quase ia sendo apanhado. – Hey, eu conheço essa cara menino Niall. Nós apenas dormimos, não fazemos nada que essa cabecinha perversa possa imaginar.

 

- Eu não disse nada, – Os braços de Niall ergueram-se no ar manifestando um ar de inocente – agora vamos que o jogo de basket está quase a começar e o Zayn se não te vê antes do jogo ainda fica marado.

 

- Cala-te óh, - o meu punho viajou até ao antebraço de Niall dando-lhe um murro nada violento – tu não queres é deixar a Mary muito tempo à espera.

 

Seguimos entre brincadeiras até ao pavilhão desportivo da escola, local onde se ia realizar o terceiro encontro de basquetebol da época escolar. Uma vitória garantia a passagem às regionais e tudo parecia indicar para um jogo dificil mas a escola toda depositava bastante confiança nos meninos que a representavam. O pavilhão estava quase repleto e foi difícil encontrar Mary no meio da multidão, mas assim que avistamos a rapariga de cabelos negros o sorriso de Niall rasgou-se totalmente.

 

- Hey Mary, - cumprimentei-a com um beijo na bochecha e ocupei o lugar que esta me tinha reservado – chegamos muito atrasados?

 

- Não, eles devem estar aí a aparecer para fazer o aquecimento … A outra equipa acabou agora mesmo de recolher aos balneários. – Assim que Mary terminou a sua explicação, Niall brindou-a com um pequeno e carinhoso beijo na testa e a rapariga que se encontrava do meu lado não conseguiu disfarçar o embaraço que sentiu pois o tom da sua face tornou-se rosada.

 

Tal como Mary previra, Zayn, Harry e a restante equipa ocuparam o campo poucos minutos depois, sendo recebidos com uma enorme maré de aplausos e muitos gritos de incentivo. Às ordens do treinador os elementos da equipa agruparam-se dois a dois e deram três voltas ao campo, durante as mesmas os olhos de Zayn percorreram as bancadas. Vários exercícios de aquecimento se seguiram e o primeiro a descobrir onde estávamos foi Harry. Harry sorriu-nos e depois de ajeitar os caracóis rebeldes acenou-nos, retribuímos-lhe a simpatia e segundos depois vimos Zayn depositar um calduço no amigo. Ao soar do apito a equipa recolheu, ao som de aplausos, aos balneários. Minutos depois o meu telemóvel vibrou, avisando-me que Zayn tinha mandado uma mensagem: “ Anda ter comigo atrás do pavilhão. Preciso de um beijinho de boa sorte. Adoro-te. Zayn”. Desocupei o meu lugar assim que acabei de ler a sua mensagem e a voz de Mary interrompeu-me os movimentos:

 

- Oh jeitosa, onde pensas que vais? – Tinha quase a certeza que Mary sabia para onde me dirigia.

 

Resolvi “picá-la”: - Eu já volto, pombinhos. Isto de fazer de vela tem que se lhe diga.

 

(…)

 

O equipamento azul-escuro tornava o corpo moreno de Zayn ainda mais esbelto e assim que os seus olhos castanhos encontraram os meus pude presenciar aquilo que mais desejava, um sorriso da sua parte. Caminhei a passos largos até ao seu encontro e assim que os nossos corpos estavam suficientemente perto as suas mãos apertaram-me contra si. O facto de Zayn ser mais alto que eu deixava-me em desvantagem mas tornava a situação mais carinhosa. Não foi preciso muito para que os nossos lábios se tocassem e as nossas línguas entrassem numa brincadeira.

 

- Já tinha saudades tuas. – Confidenciou-me enquanto uma das suas mãos enrolava um dos meus caracóis.

 

- Eu também tinha saudades tuas, - senti uma espécie de borboletas a invadir o meu estômago enquanto os meus braços ladeavam o corpo de Zayn, aproximando-o do meu. – A que horas é que é o jogo?

 

- Temos de entrar em campo às três e meia, mas o mister ainda quer falar connosco no balneário. – Esclareceu-me.

 

Olhei para o relógio que envergava no pulso e ao constatar que eram três e vinte e três, fiquei um pouco assustada: - Zayn tu não devias estar aqui, o vosso treinador já deve andar à tua procura para reunir a equipa e …

 

Fui interrompida pelos lábios carnudos que tão bem conhecia e que tão bem se sincronizavam com os meus, depois do beijo a voz rouca de Zayn fez-se ouvir: - Calma amor, o Harry ficou de lhe dizer que eu vinha entregar a folha dos jogadores ao mister da outra equipa. Está tudo controlado. – Depois de falar e de me sorrir os seus lábios voltaram ao único sítio onde encaixavam perfeitamente, aos meus.

 

- Zayn tem de ser, tens mesmo de i r... – Lamentei-me contra os seus lábios.

 

- Eu sei, - bufou um pouco frustrado à medida que os nossos corpos se voltavam a separar e nos encaminhávamos para a parte lateral do edifício desportivo, local onde se situavam a porta de entrada das equipas para os respectivos balneários e as escadas de acesso às bancadas – todos os cestos que marcar são para ti.

 

- Diz-me algo que eu não soubesse, óh .

 

- Olha a menina Colbie a tornar-se convencida. – O tom de gozo foi notório na sua voz.

 

- Até posso ser convencida mas, sou a tua convencida. – Dei entoação à palavra que me tornava “propriedade” de Zayn, e vi-o sorrir e voltar a abraçar-me.

 

- Tenho de ir … - Com um beijo curto e carinhoso nos lábios Zayn despediu-se e seguiu para a porta dos balneários, fiquei o tempo suficiente para o ver entrar e quando subi os primeiros dois degraus em direcção à porta das bancadas, voltei a ouvir a sua voz entoar o meu nome. Voltei ao seu encontro e sem demoras as nossas bocas encaixaram como se fossem uma só. Foi, talvez, o beijo mais apaixonado que ambos tínhamos trocado. – Este sim, foi o meu beijo de boa sorte.

 

- Zayn, despacha-te óh anormal … Se demorares mais dois segundos o mister tem algum ataque. – Harry apareceu à porta dos balneários tentando transparecer uma voz furiosa para com Zayn.

 

- Boa sorte, príncipe. – Sussurrei para Zayn e este depois de me sorrir foi ao encontro de Harry, consegui ainda gritar: - Boa sorte, Boo.

 

- Obrigada ‘Bie. – gritou Harry entrando novamente nos balneários, a correr, seguido de Zayn.

 

Voltei ao meu lugar bastante animada, quando me sentei as equipas entraram em campo. Zayn e Harry jogavam de início, o que me deixou bastante satisfeita. Durante todo o jogo, mantive um sorriso estampado na cara. Mal eu sabia que, os minutos que eu e Zayn tínhamos partilhado atrás daquele pavilhão não tinham sido, única e exclusivamente vividos por nós…

 

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