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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Dom | 04.12.11

Suprise me With Words #1

Aqui fica o primeiro desafio do "Suprise me With Words"... Quero já avisar de que não me responsabilizo por qualquer motivo de desilusão que este texto vos provoque... Talvez, se fosse feito noutra altura tivesse ficado um bocadinho melhor. Eu própria sei que não está grande coisa mas, foi o que consegui fazer.

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 Ela, personagem sem nome. Será que precisa? Toda a gente precisa de um nome mas, as atitudes distinguem e rotulam pessoas. Ela é do tipo de pessoa que, tem cuidado com a aparência mas também sabe ser desleixada. É do tipo de personagem que, sabe sorrir e esconder mais de mil e um sentimentos. Porquê? Porque lhe ensinaram a ser assim … Porque estamos a falar de uma pessoa que acredita nas crenças que lhe incutiram. Se está certo ou errado, ninguém o pode julgar: é a maneira dela ser e cada um tem a sua. Eu pelo menos não julgo quem não conheço, ou tento não fazer isso, julgar.

 Menina destemida, um pouco/muito envergonhada. Possui mais de mil capas, e usa uma diferente todos os dias. Tem as suas próprias rotinas, é dona e senhora do seu nariz. Sempre? Nem sempre, nada é de sempre nem para sempre. Não deixa conquistar o que é seu, e por isso não se dá a conhecer. Não tem amigos. Os seus pais? Nunca os conheceu e talvez não tenha necessidade disso. Única família? A Maggie – a nossa vizinha do lado – e um pequeno labrador preto – de nome, Louis – muito gordo. Mete-me confusão, o facto de possuir sempre a mesma expressão quando saí e entra em casa. Assemelha-se a um corpo sem alma – se coisa tal existe -, parece que entra num mundo muito pouco preenchido. Usa sempre o mesmo penteado, um carrapito muito bem feito que mais parece uma obra de arte que, para bons observadores como me autoconsidero reflecte o seu estado de espírito. Igual ao de todos os dias, fechado, confuso … perfeito. Esta interveniente, não fala com ninguém. Arrisco-me a dizer que nunca ouvi o seu tom de voz.

 Porque escrevo sobre ela? Porque, hoje e pela primeira vez olhei para a janela do seu quarto, que fica virada para a minha, e vi-a. Vi-a como nunca antes a tinha visto. Cabelo solto, sorriso no rosto e olhar posto em mim. A sua mão estendeu-se e acenou-me brevemente. Retribui-lhe o sorriso e assim ficamos, horas. De olhos postos um no outro. Querido caderno de desabafos … 

(357 palavras)

 

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