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Sweet Nothing

Sweet Nothing

Qua | 01.12.10

Dreams of Love - Capítulo V - Demonstrações e provas de carinho

V- Demonstrações e provas de carinho.

 

Coloquei as chaves na porta, a custo consegui abri-la e o meu pai veio em meu encontro:

- Querida, onde é que a menina se meteu? A menina está bem, o que se passou consigo e com a sua mãe? – a série de perguntas continuou até ele se aperceber que eu estava completamente encharcada. – A menina está toda molhada e com frio, tire esse casaco.
O meu corpo não tinha muita reacção, estava prestes a desmaiar. O meu pai fechou a porta, despiu-me o casaco que agora mais parecia uma toalha e encaminhou-me para a casa de banho. Ligou a água quente, deixou que a água enche-se até metade a banheira e foi ao meu quarto de onde trouxe o meu pijama mais quente, duas toalhas e roupa interior.

- Tome um banho quente, deixe que o seu corpo se habitue à temperatura da água, depois vá para a cama. – disse isto com alguma simpatia e preocupação na voz, quando se encaminhava para sair da casa de banho consegui proferir um “obrigada” ao qual ele respondeu: - Não agradeça, amanhã de manhã quando acordar vamos ter uma conversa e perceber o que realmente é melhor para si, durma bem. Até amanhã.
Aos poucos consegui despir a roupa, que se tornava mais pesada depois da chuva. Enfiei-me na banheira, fechei os olhos e fiz o que o meu pai me mandara. O meu corpo parou de tremer e depois de meia hora em água quente, saí do banho. Sequei-me, vesti o pijama, lavei os dentes e dirigi-me para o quarto. Não prestei a mínima atenção, nem sequer dirigi o olhar para a sala, mas pude perceber que a única pessoa que lá se encontrava era o meu pai, a falar ao telemóvel e desta vez não era trabalho. O assunto era eu e o que me ajudou a chegar a essa conclusão foi o facto de ele falar em português. Até podia desconfiar e tinha quase a certeza que sabia o nome da pessoa que se encontrava do outro lado da linha, mas não fosse o diabo tecelãs e eu enganar-me, dirigi-me para a cama. Só me lembro de adormecer com uma lágrima a escorregar pela cara.

Um barulho já familiar, despertou-me do meu sono: a máquina do café. A janela do meu quarto estava fechada e a persiana também, mas pelos buraquinhos conseguia entrar alguma luz, o dia não devia estar mau. Depois de piscar várias vezes os olhos, habituei-me há pouca claridade, estiquei o braço esquerdo e apanhei o telemóvel que tinha ficado na mesa-de-cabeceira. Carreguei no botão principal e vi as horas: 11h46. Consegui descansar algumas horas e sentia-me preparada para a conversa que iria ter com o meu pai. Duas mensagens recebidas: uma de Fábio* e outra de Rúben :p, estes dois não se cansavam. Abri primeiro a do meu primo: “ Mariana, sei que chegas-te a casa bem. Vais ter de enfrentar os teus pais, esclarecer as coisas. Adoramos-te”, respondi de imediato: “ Sim eu sei Fábio, o meu pai ontem disse que hoje iríamos ter uma conversa. Obrigada por tudo. Também vos adoro”, agora era a vez de ler a de Rúben: “ Mana, o Fábio ligou-me a avisar que estavas em casa. Ai rapariga, essa tua cabeça … Não me esqueci da tua “promessa”, fico à espera do teu telefonema e já sabes que quero saber tudo. Adoro-te mana”, com a mesma rapidez em que respondi a Fábio, respondi a Rúben: “ Sim, claro o meu primo e as suas escapadelas de informações … o prometido é devido fica descansado mano eu conto-te. Adoro-te, obrigada por tudo.”. Estava na altura de enfrentar a situação, assumir os meus actos, esclarecer as coisas e acima de tudo libertar a minha cabeça.

 

 

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